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Cópia é morta

Hoje eu tive um sonho
Um sonho em que tudo acontece de cabeça para baixo
Um sonho que se transformou em uma tortura
Deixando todos, de certa forma, calados, imóveis, parados

Hoje ele morreu
Morreu por vontade do destino, nada tinha a executar
Morreu feliz, junto dos amigos, junto da diversão
Caiu de trinta e quatro andares, ao encontro do rijo chão

O Lago de Flores

A noite havia chegado há muito tempo, assim como o caos já havia chegado a minha vida. O céu estava estrelado e a lua cheia estava em seu ponto máximo, porém seu brilho era ofuscado por algumas pequenas lâmpadas do jardim. Nenhum vento era sentido e nenhum som perturbava o silêncio daquela imensa clareira. As luzes da casa estavam apagadas e nenhum morador ou guarda caminhava pelo quintal.
A casa era grande, possuía três andares e ficava ao lado de um lago de água cristalina. A faixada era modelada com aspectos arcaicos e a coloração amarela esbranquiçada realçava as estátuas acinzentadas embutidas na parede. Ao lado oposto a casa, um pequeno morro escondia um campo de mini-golfe que era cercado, junto da casa, por uma densa floresta.
Eu estava parado em frente ao lago esperando que meus inimigos se aproximassem. Inimigos que me perseguiam por eu possuir um conhecimento superior, algo que os humanos comuns não se lembravam da existência. Mas, por mais que estivessem me perseguindo, isto não me assustava, eu estava calmo, com o corpo e mente tranquilos, me possibilitando sair de qualquer situação.
Pequenos barulhos ecoaram dentro da floresta, indicando a aproximação daqueles que me caçavam. Fechei meus olhos e me concentrei. Eu sentia a energia natural daquela planície, ela transitava por todos os vegetais, pelo lago, pelo ar e pelo meu corpo. Permaneci parado por um curto tempo, visualizando as energias e concentrando-as em minha testa, ativando meu chakra do terceiro olho. Quando abri os olhos notei que toda a escuridão havia sumido. A noite estava clara, como se o sol estivesse no ápice, mas ao invés da bola de fogo estar no céu, a lua permanecia no topo. Eu conseguia ver tudo com perfeita clareza, já que existia nenhum ponto de sombra.
Olhei para trás e vi que três vultos se mexiam por entre as árvores. Virei meu rosto para a água e perguntei aos seres que ali habitavam: “O que eu posso fazer?”. Uma leve brisa passou pelo meu corpo e uma voz doce e delicada inundou meus ouvidos: “Você consegue invocar flores?”. Eu não precisava de mais dicas. Tomei fôlego e pulei dentro do lago.
A água estava gelada fazendo meu corpo se contrair um pouco, mas isto não iria me atrapalhar. Fechei meus olhos e proferi palavras em uma língua arcaica, fazendo com que flores de diferentes espécies aparecessem na superfície do lago. Tomei impulso e continuei nadando dentro do lago. Eu estava de barriga para cima e assim que eu minhas mãos tocavam uma parte da água, novas flores surgiam. Rosas, jasmim, orquídeas, tulipas e violetas foram algumas das flores que eu consegui invocar para me esconder.
A cada centímetro que eu percorria dezenas de flores apareciam sobre a água, escondendo não só o meu corpo, mas também as vibrações que ele causava. Mas me preocupar com a possiblidade de me encontrarem não era o único problema, eu estava ficando sem fôlego e meu medo de emergir e ser pego não facilitava minha vida. Juntei minhas mãos e usei grande parte da minha energia para invocar uma quantidade gigantesca de flores, cobrindo grande parte do lago, camuflando ainda mais e dando-me a oportunidade emergir de respirar. Coloquei apenas meu nariz e boca para fora da água, puxando a maior quantidade de ar possível e voltando para de baixo d’água.
Nadei durante vários metros até que finalmente cheguei à outra extremidade do lago. Antes de emergir eu tentei sentir a presença de alguma energia desconhecida, mas como senti nada, ergui lentamente o meu corpo da água e olhei ao redor. Nenhum ser, humano, animal ou espiritual, estava presente naquele lugar. Um forte sentimento de alivio percorreu meu corpo, eu estava a salvo.
Chequei novamente o perímetro e saí do lago. Minhas roupas pingavam e eu não sabia para onde ir. Olhei para os céus e admirei a lua, esperando que ele me desse alguma resposta. Assim que olhei para o sul, um pequeno cometa rasgou os céus, transformando-se em uma estrela cadente. Olhei para onde ela apontara e corri naquela direção, entrando na floresta que me salvara muitas vezes.

O que eu quero?

Enfrento uma encruzilhada
Armas apontadas
Separadas por quadrantes
Pistolas engatilhadas

O que desejo
Decisões para tomar
Coisas que almejo
Muito para acreditar

Um mundo mais calmo
Música em minhas veias
Livros nas estantes
Compreensão dos instantes

Armas carregadas
Minhas ideias são assim
Bombas armadas
Sua opinião é nula
Pessoas assustadas
Para que preocupação

Um passo
Morte
Uma ideia
Morte
Um erro
Morte
Uma opção
Morte
Uma opinião
Morte
Uma oposição
Morte
Sorte

Embebido de sonhos aleatórios
Ecos de ideias antigas
Ideias inacabadas
Inconcretas, irreais

Defendo meus sonhos
Entre abandoná-los
E realizá-los
Fico com o segundo
Mesmo que eu vá te decepcionar
Mesmo que tenha de deixar este lugar

Minhas ideias permanecerão neste acento
Enquanto eu faço meu futuro
Longe de vocês

Tiros

Capítulos repetitivos

Cansei de histórias com o mesmo final
Cheias de memórias irreais
Diálogos inventados
Cenas ensaiadas
Tudo para o nada

Construtor de uma cidade
Narrador de histórias
Escritor de uma peça
Construtor de diálogos
Vivendo um mundo que não existe
Até agora

Ates de dormir vou para um mundo inconcreto
Replete de meus pensamentos mais vorazes e famintos
Lá vivem minhas paixões, quem eu amo
Lá eu vivo minhas aventuras, com meus poderes, que eu amo

Desfruto de um mundo inteiramente meu
Onde acontece apenas o que eu quero
Mas de que adianta
Quando acordo vejo que nada existiu
Mas sei que quando voltar a dormir
Meu mundo será recriado
Viverei minhas aventuras
Encenarei meus diálogos
Escreverei minhas peças
Construirei minha cidade
Tudo, antes de acordar

Meia Noite e Onze [Inacabado]

- "Das profundezas do magma, repleto de ódio levante. Demonio X, erga-se de sua moradia para livrar o mundo destas pragas que o castigam. Vingue-se daqueles que te trancaram, acorde os vulcões. X, acorde, levante-se e divirta-se"
O mago, cansado de tudo que se passava no mundo, acordou uma das piores criaturas adormecidas na Terra, o pior demonio. Ao erguer-se da terra, no final da ponte do Guaíba, toda Porto Alegre tremeu, o céu adquiriu um tom avermelhado, e os pássaros saíram em bandos daquela área. X, que possuía um corpo de lava, apenas com o tórax as extremidades formadas de rocha pura, olhava, através de sua máscara de caveira, toda a cidade, tudo aquilo, que um dia foi seu lar, havia se transformado.
Carros transitavam pela ponte, até a criatura de dezesseis metros dar o primeiro passo na ponte, esmagando um deles. Duas pessoas desceram de um carro vermelho fosco, eles eram dois lutadores, e viam ali uma oportunidade de mostrar o que sabiam. Eram lutadores de Ki, usavam a energia pura da natureza para derrotar seus inimigos.
Eles correram ao encontra da criatura, e atacavam usando energia em grande quantidade. Atacavam através de esferas azuladas, feixes de luz amarelados, e ataques em conjunto, mas nenhum destes parecia surtir efeito na criatura. Eles não podiam ser considerados fracos, pois conseguiam fazer coisas que outros humanos não conseguiam, ou coisas que a antiga geração conhecia como Kamehameha. A criatura se desequilibrava, mas não caía, mostrando o quão forte ela era.
O céu sobre a ponte adquiria cores diferentes, ora azuis e amarelos, devido aos ataques dos lutadores, ora vermelho, devido a lava que percorria o corpo do demonio. Os carros, alguns amaçados, estavam amontoados no meio da ponte, pois as pessoas, em pânico não conseguiam sair com seus veículos, sendo obrigadas a abandona-los.
X, cansado daquela brincadeira de criança, ergueu seu punho e acertou um dos lutadores, incenerando-o logo em seguida. Ao levantar a mão, ele não estava mais lá, havia sido carbonizado pelo criatura. O outro, que presenciara a morte de um grande amigo, acumulou toda energia que conseguiu em seu corpo, tomou impulso e pulou no tórax da criatura, liberando toda a energia de uma só vez.
A explosão foi gigantesca, as nuvens sobre a ponte foram empurradas, formando um grande anel sobre o monstro. As luzes das casas próximas foram desligadas, facilitando que pessoas mais distantes conseguissem olhar a ponte e seu demonio com mais nitidez.
Naquela noite os dois lutadores morreram em vão, pois a criatura ainda estava lá, de pé, como se nada tivesse acontecido. Notando que havia nada mais para atrapalhar, o demonio cruzou a ponte, em um passo rápido, chegando a cidade .

Floreios e Borrões

Floreios e Borrões, fim de tarde, a loja estava fechada, mas não possuíamos escolha, tínhamos de nos esconder em algum lugar. Arrombamos a porta, a loja possuía um tom chumbo, nenhuma luz estava acesa, tornando a sala ainda mais escura. Vários livros estavam no fundo da loja, e na frente havia vários ovos de páscoa cobertos com papeis dourados e prateados.
- Quem dera ter tempo para comer um ovo. - Pensamentos gordos sempre passavam pela cabeça de Marta.
- Shh. Ela está vindo, vamos nos esconder! - E eu, como sempre, cortava sua alegria.
Corremos para a parte de trás da loja, onde estavam os livros e fomos para baixo de uma mesa. Devido a quantidade de ovos e livros no chão não era possível nos ver do lado de fora, mas isso não impediu de notarem nossa presença.
Passos ecoavam pelo corredor, várias pessoas passando ao mesmo tempo, a não ser uma que parou olhando para a porta. Ela ergueu sua varinha e a porta se abriu. Seus passos eram escutados dentro da loja, leves, mas acelerados.
- Eu sei que vocês dois estão aí, não adianta se esconder. Saiam para não se machucarem.
- E agora, o que vamos fazer?
- Para Marta, ou ela vai nos ouvir. - Cochichávamos, mas como a loja era pequena, nada impedia ela de nos ouvir.
- Arthur, ela está vindo pra cá.
- Vocês dois que pediram.
Sem medir as consequências, saquei a varinha e saí de baixo da mesa, lançando um feitiço na professora que nos procurava.
- Estupefaça! - Seu corpo foi jogado contra os ovos e a frente da lojas. - Corre!
Saímos correndo da loja, cruzando os corredores vazios repletos de pedras e mármore. Duas pessoas estava conversando ao lado de uma escada a nossa frente. Ao subirmos a escada, Snape estáva nos encarando, ele sacou a varinha.
- Expelliarmus!
- Protego Totalum!
O feitiço de Snape ricocheteou no feitiço defesa, mas com um feitiço não verbal ele conseguiu quebrá-la. Corri para a porta e ergui outra defesa, para que ele perdesse mais tempo. Percorremos vários outros corredores e passamos por várias portas, até que chegamos na praia que havia fora do castelo.
Lá havia um grande estátua de gato e muitas pessoas em volta de fogueiras, cantando.
- Arthur, cuidado!- Um feitiço azulado passou por cima de mim, Hermione estava alguns passos a frente de nós, com sua varinha erguida, apontando na direção do gato.
- Obrigado Marta.
- Piertotum Locomotor!
Fortes tremores podiam ser sentidos, a estátua de gato começou a se mexer, retirando suas patas do chão, movendo sua cabeça e parando para encarar marta e eu.
- Vadia!
Marta correu ao encontro de Hermione, puxando-a pelos cabelos, iniciando uma luta corporal. As duas rolavam pela areia, até que ambas estavam dentro d'água do mar, lutando sem suas varinhas. Enquanto eu era perseguido pela grande estátua. Ela tentava me acertar com suas patas de três metros de diâmetros, mas eu era mais rápido. Em uma ultima tentativa virei para trás e lancei um dos feitiços mais poderosos que sabia.
- Expulso! - Com um grande zumbido, a estátua adquiriu um tom amarelado e se desintegrou.
Corri para o encontro da Marta, que estava aos socos e chutes com Hermione. Não era possível dizer quem estava ganhando, já que as ondas também estavam participando. Entrei dentro d'água e usei um feitiço de fogo para afastá-las.
- Incendio! - Algumas chamas sugiram na água, mas devido a água eram apagadas rapidamente, por sorte, Hermione possuía medo de fogo, afastando-a da Marta.
Corremos para a areia, não havia para onde ir, todos estavam nos procurando. Por sorte éramos maiores de idade, podíamos usar feitiços mais complexos.
- Marta, temos que sair daqui.
- Mas para onde nós vamos?
Enquanto falávamos, Hermione se recuperara do susto e vinha ao nosso encontro. Sua varinha estava apontando para nós e seu olhar dizia que não seria uma boa ficar lá.
- Qualquer lugar bem longe.
- Avada...
Os olhos de Marta ficaram perplexos, como podia uma grande aluna conjurar tal magia. O que tínhamos feito para merecer a morte?
- Me dá tua mão, já! - Marte não pensou duas vezes antes de me agarrar, não devíamos morrer.
- Keda...
Aparatamos.

Dream World In [Inacabada e "Não corrigida"]

I need you on the other side
On the other side of my mind
Crossing the bridge of dreams to see
Find the spirit of a Banshee

Wait the moon and go to sleep
Meet the tears in magazines
Browse the dreams and reality
Know the choices you won't to be

Touch the sky to
See the sun and use your
Rationality, appreciate the world
And look

It's a dream world in nightmares
In this amazing place
It's a fantastic world
And all we can do is find
A little passage, to cross and wake

Change the stories
Leave the life
Forget names, ages and address
Switch the news and read a book
Search the thing what you never looked

Touch the sky to
See the sun and use your
Immortality, appreciate the world
And live

It's a dream world in Wonderland
In this amazing place
It's a frenetic world
And all we can do is find
A little passage, to cross and wake

A lot of bells who don't stop ring
Make some noise don't stop to sing
Everything that you worked it's over
Where I find a four leafed clover?

Dream world in reality
In this frenetic place
It's a amazing world
And all we can do is find
A little passage, to save today

Três paixões

Por que entro em uma leve depressão antes de meu aniversário? É como se algo me avisasse de um acontecimento. Fico triste por não ser bom no que gosto (ainda) e também por minha família roubar um sonho que era meu. Amo tirar fotos, mas no momento, tudo se volta para eles, talvez porque trabalham, ganham dinheiro. Eles compram máquinas melhores que a minha, sendo que há dez meses tentavam estragar meus sonhos, dizendo que não havia futuro com tal carreira. Por que eles têm de comprar o que eu sempre sonhei? Não gosto quando dizem que "é da família", eu tenho que pedir emprestado mesmo.
De aniversário (que é sábado) pedi um piano digital, amo musica, amo o piano, meu passatempo, meus sentimentos em cada tecla. Acredito que o piano é triste, sádico, assim como minha vida, vazia, falta algo. O quê? Talvez alguém mais compreensivo.
Não gosto quando os meus sonhos viram os sonhos de outra pessoa. Me sinto feliz por ter sonhado alto e ver que tenho "seguidores", mas por que eles não podem criar os seus sonhos?
É extremamente chato chegar em casa e ver uma câmera fotográfica em cima da mesa e pensar que aquele podia ter sido um presente, mas não, é um objeto de todos, que apenas UM da família sabe mexer por ter experiência. Só sei se uma coisa, se me perguntarem algo, não responderei.

Três coisas que amo: Piano, Fotografia e Ciências Biológicas

Vingança natural

Os céus cuspiam pedras de gelo e o vento em diferentes pressões começava a girar. O que seria tudo isso? O fim do mundo? Não sei.
Estávamos em Balneário Camboriú em meio a uma tempestade de tornados. Finalmente chegará o dia em que a natureza se vingava do ser humano. Quatro pessoas dividiam o apartamento de meus avôs, não tínhamos para onde correr, apenas torcer para que nenhum tornado nós atingisse. Sentados no chão ao lado da porta, ninguém queria levantar para ver o que acontecia ao longo da praia.
- Vamos morrer sem saber? Não quero isso. – Perguntei, encarando todos a minha volta.
Neste momento me levantei e fui até a janela checar o que acontecia. Admito que foi um erro, pois meu pavor apenas aumentou. Seis tornados, pessoas voando, sendo sugadas, prédios caindo, telhas voando, animais mortos pelo chão, pessoas sem partes do corpo, mas o que mais me apavorou, foi notar que um dos tornados mudará de direção, rumo onde estávamos. Andei até onde estavam meus amigos e me sentei.
- O que você viu lá?
- Um tornado vindo pra cá. – Eu não conseguia olhar nos olhos de ninguém.
Os olhos de todos foram para o chão, nós morreríamos. Me pergunto como deve ser morrer por um tornado, quais as chances de eu me chocar com o chão ainda vivo, ou ser acertado por alguma coisa, ou até mesmo ter meu corpo perfurado. Não tive tempo de concluir meu pensamento, pois o prédio começou a tremer.
O lustre balançava, as vigas de sustentação faziam barulhos e todos os objetos “andavam”. Não era obra de um tornado, mas de um terremoto. Ótimo, dois medos simultâneos. O prédio começou a balançar, para frente e para trás, uma coisa certa, morreríamos soterrados.
O prédio começou a se inclinar e com isso, todos os móveis também. Nós quatros fomos junto, mas deitados no chão por causa da forte inclinação. O mais preocupante era ver pela janela o prédio da frente chegando cada vez mais perto, não havia mais o que fazer, nossas vidas iniciariam outra jornada dentro de alguns segundos. Não havia com o que se preocupar, eu morreria junto com as pessoas que eu mais amava. Neste momento, algo interrompeu meus pensamentos.
Uma mão quente tocava no meu pulso, eu não conseguia ver seu rosto, mas sabia quem era pelo simples toque. Mas não foi isso que fizera eu me perder, foi o que esta pessoa disse. Eu não esperava escutar isso em um momento tão problemático. Três palavras me que fizeram ver que a morte não é tão ruim.
- Eu te amo.

Animalia

Hoje espero sonhar nas emaranhadas linhas de raciocínio
Espero ver as rosas abrirem e exalarem seu perfume superficial
Enquanto minhas aves me guiam pela escuridão em declínio
E minhas feras cuidam de meu problema carnal

Assim como o Lince, desejo aprender e manter
O silencio que deveria ecoar após o saber
Desejo que os sonhos que guarda
Possam fazer parte de mim

Os novos Dragões que guardam assim
Toda a realidade, longe da ilusão
Com seus novos corpos, as Libélulas
Purificam a mente daquele ser repleto de imaginação

Em busca pelo futuro só posso apelar ao Cisne
Que com seu vôo suave e corpo gracioso
Atravessa a dimensão dos sonhos e transpassa os planos da consciência

Grande Espírito que guia cada animal ao seu plano espiritual
Tenha aflição com aqueles humanos supérfluos
Eles tendem a destruir o que é mais sagrado
Assim como as rosas murchas, deixe que eles caiam em seu mundo imaterial

Lince, Cervo, Tamandua, Cachorro, Corça
Seres de eterno dons e beleza
Entrem em meus sonhos e façam deles vossa fortaleza

Rebelião

Eu estava sobre uma tenta em frente a uma casa dentro de uma fazenda. A tenda era branca e havia muitas pessoas ali, além dos meus familiares. De repente, eu que estava sentado vendo as pessoas comerem carne, comecei a escutar um monte de crianças gritando. Levantei-me e fui até a lateral da casa ver o que era. Várias crianças saíram de lá chorando e correndo, menos um adolescente que estava lá olhando com cara de espanto assim como eu.
- O que aconteceu para estar todo mundo chorando? – perguntei a ele.
- A bóia amarela morreu, quer dizer, furou. – ele me respondeu apontando para a janela a nossa frente.
Fomos até a janela olhar a tal bóia que se encontrava dentro da casa. Quando a vi me lembrei de outro sonho [Estávamos em uma lagoa e a mesma bóia estava lá. Quando alguém a usava, ela deixava a pessoa irresistível, fazia com que ela chamasse a atenção de todo mundo, mas no final ela foi perdida].
- Tu já usou ela né? – perguntei para ele enquanto olhava a bóia
-Sim, eu fui o dono da bóia durante dois dias, até me roubarem ela. Sei que não te conheço, mas pode me ajudar a pegar ela para consertarmos?
-Claro.
Olhamos em volta e vimos que as crianças estavam chorando abraçadas em seus pais. Fomos até a porta da frente e entramos. Lá estava a bóia amarela murcha no chão, chegamos mais perto e meu amigo a pegou e começou a encher, então percebemos que ela não estava furada. Virei para o lado e vi que havia um cilindro vermelho com uma etiqueta escrito: “para a bóia”. Peguei o cabo, coloquei-a na bóia e apertei o botão. Ela murchou e foi preenchida por um liquido transparente e denso. Nessa hora uma menina de no máximo sete anos nos viu pela janela e gritou algo como: “estão violando o corpo da bóia!”. Nós dois nos encaramos e colocamos a bóia dentro de uma mochila [ã?], corremos para a porta e quando a abrimos, todas as crianças estavam ali. Corremos para o segundo andar rumo à sacada, para que pudéssemos pular em cima da tenda e escapar.
Porém quando chegamos ao chão, as crianças já estavam lá. Corremos para a mata que se encontrava lá e fomos sempre em linha reta. Até ver onde a floresta acabava. Era um sitio e mais uma vez me lembrei de outro sonho [O chão era de terra e o céu estava nublado, a esquerda encontrava-se uma cabana de madeira velha e uma plantação de milho. A direita um criadouro ovinos e bovinos e mais a frente, havia outra área de plantação, porém o mato já havia tomado conta. Nesse outro sonho, eu entrei nessa área junto de alguns amigos e ali despertamos a alma de um demônio que comia aqueles que o despertavam. Então fomos para uma cidade, mas nem assim ele parou de nos perseguir.], parei assustado e meu amigo me puxou, dizendo que sabia de um atalho.
-Há muito tempo, um grupo de adolescentes veio até essa fazenda e sem querer despertaram uma criatura sombria no meio daquela plantação e fugiram para uma cidade. Desde então ela se tornou um portal para essa cidade. – ele falou ofegante, pois estava correndo.
Fiquei pasmo olhando nos olhos deles e parei. Ele ficou me olhando por um tempo também, até ouvirmos as crianças berrando.
-Confia, vamos para o portal.
Sem ter o que fazer, fui com ele para o meio da plantação em que um dia eu despertei uma criatura sombria. Ao entrar na plantação, senti todo meu corpo queimando e quando vi, estava na rua de minha casa. Puxei-o e fomos para meu prédio, mas antes de chegarmos, vimos que as crianças também sabiam do portal e começaram a correr em nossa direção. Eu abri o portão do prédio para que pudéssemos entrar, mas não daria tempo de fechar, pois as crianças estavam muito perto. Não podíamos esperar o elevador, então fomos de escada.
Elas estavam perto de mais e não conseguiríamos chegar ao terceiro andor, então fomos para o segundo, onde uma amiga morava. Tocamos a campainha e esperamos uns dois minutos até a mãe dela abrir a porta. Fiz sinal de silêncio e ela disse para a gente entrar. Quando entramos, vi que estavam jantando e pedi desculpas.
- Mas o que está acontecendo? – perguntou minha amiga com cara de espanto ao ver nosso cansaço.
- Uma rebelião por causa de uma bóia. – Falei ofegante.
- Acha que as crianças vão nos encontrar aqui?- perguntou ele com um tom assustado enquanto segurava a mochila coma bóia.
- Mas então, querem jantar?

"V"

Eu estava na praia que sempre veraneio, junto com algumas pessoas que eu não conhecia. Já era noite e estava um pouco frio na beira da praia. Resolvemos caminhar pelo meio de duas dunas, já que elas possuíam mais ou menos cinco metros de altura. Havia várias armadilhas, portais para outras partes das dunas e em alguns trechos havia luzes, coloridas e/ou amarelas, além de lâmpadas que não brilhavam mais. O céu estava estrelado e ficamos caminhando por um bom tempo, conversando. Até chegarmos a uma parte que a duna acabava; assim como um abismo. Nessa parte eu me toquei que estávamos subindo, não andando reto, e a queda possuía aproximadamente sete metros.
Do outro lado havia uma pilha de sacolas a aproximadamente um metro e meio. Não sabíamos o que havia dentro, mas foram colocadas lá por algum motivo. Resolvemos pular para continuar a caminhada. Todos conseguiram menos um que não pegou impulso suficiente e ficou pendurado sobre uma corta que ele atirara para não cair. Assustados, arremessamos alguns sacos para o chão, que fizeram um grande barulho no momento do choque. Seguramos sua mão e ela se firmou, continuando viva. Caminhamos por um bom tempo depois do incidente, até que um dos membros do grupo se encheu de ódio e se voltou contra nós.
Ele nos atacava utilizando o “Dorise”; derrubou vários companheiros e me deixou por ultimo, porém eu conhecia a técnica e me defendi usando o “Emperoct” e como contra ataque usei “Thundoris”. Nenhum surtiu efeito sobre o outro, já que ambos sabiam as defesas. Irritado e querendo acabar com tudo isso combinei a técnica com minha energia e usei o “Hidro Thundoris”. Assim como antes, nada aconteceu.
Nós fomos transportados para uma arena (preta, azul e linhas rosa), ela era grande, com quatro pilares e um teto de vidro sobre eles. De um lado havia uma pequena “ilha” com uma fonte em volta e no lado oposto havia um corredor que ligava o lado direito com o esquerdo (ele era elevado e possuía escadas [7] para chegar lá). Nosso inimigo ficou na ilha e vestia uma túnica preta. Já eu e meus aliados/amigos ficamos sob o teto de vidro, eu especificamente estava atrás de um pilar fora da visão do inimigo. Eu ficara lá vendo meus amigos lutarem e serem mortos. Comecei a reunir energia para usar o “Dorise” e posteriormente o “Thundoris”. Após um tempo consegui reunir energia o suficiente, mas não usei as técnicas citadas, utilizei-a para bloquear a energia do inimigo, impedindo mais mortes de aliados.
Depois de muitos momentos de mortes e de golpes atingidos, vi meus amigos se juntando no corredor e me chamando. Havia um peixe em minha frente, peguei impulso e usei o peixe para pular mais alto, chegando ao corredor. Lá uma pessoa que estava agachada a minha frente disse que era para eu usar magias que tivessem o ataque em forma de “V”.
-
(Obs: palavras estranhas estão em latim)
-
Acho que meus dias estão ficando cada vez mais complicados. Amo frio e hoje é um desses dias, muitas nuvens, umidade baixa, mas me sinto muito bem.
-
Desabafo: Quando dois amigos brigam, nenhum deles pode perder as esperanças, nenhum pode julgar o que é certo ou errado (já que o certo/errado é nós que criamos). Pessoas deixam de amar e retornam a amar com muita facilidade, essa é a pior ilusão que existe, mas é a melhor emoção. Continuar se falando é essencial, mas tem de ser cara a cara, por computador tu não pode ver a face da pessoa, tu não pode sentir suas emoções, muito menos olhar nos olhos dela.
Recreio cheio de dados pelo ar; foi em vão. Conversas arranjadas; foi em vão. Até quando isso vai durar? Acredito que tudo a de acabar, assim que o outro como besta falar.

"Algumas pessoas tomam decisões erradas. Outras erram antes de pensar. Pinguim Kunquat"

Sonhos

Descobri que sou uma das poucas pessoas que conseguem sonhar acordadas. Consigo distorcer a realidade o suficiente para me sentir a vontade, mas no momento, tudo voltado para mim, com os outros eu não sei como fazer.
Em meu grimório constam os seguintes trechos:
•"Todos os homens sonham, mas não do mesmo modo. Aqueles que sonham à noite, nos recessos empoeirados de suas mentes, acordam durante o dia e descobrem que tudo foi vaidade. Mas os sonhadores do dia são homens perigosos, pois eles podem viver seu sonho com olhos abertos, para torná-lo possível. - T. E. Lawrence."
e
•"Aqueles que sonham durante o dia são conhecedores de muitas coisas que escapam àqueles que sonham apenas durante a noite. Edgar Allan Poe."
L
Não preciso dizer o quanto estou feliz né?

Para mim sonhos são portas que se abrem no inconsciente, são lugares vazios que entram em colapso originando a reflexão ou a diversão. Frequentemente tenho sonhos lúcidos, na qual faço tudo o que quero e coloco as pessoas certas para que uma história aconteça. Porém não é sempre que isso acontece, às vezes tenho sonhos ruins e/ou enigmáticos. Porém os pesadelos me fazem pensar no que fiz de errado e os enigmáticos me fazem pensar o quão burro estou sendo. Ou seja, o sonho, além de relaxar, é uma troca de favores.

Dia: Chuvoso, com intervenções solares, pouco vento. Ótimo dia para rir. Quase caí em cima do hawp, que por sua vez se chocou com o chão e teve seu dedo quebrado.

A casa de janelas

Havia uma casa de dois andares em minha frente. Ela era grande e eu queria saber o que havia lá dentro. Entrei e fiquei boquiaberto. O segundo andar iniciava na metade do primeiro andar, havia uma escada em espiral e grades para impedir que alguém caísse. No primeiro andar havia uma sala a esquerda, com uma mesa no centro, uma televisão e dois sofás. Já a direita não havia nada, apenas uma área vazia com imensas janelas. Mais a frente estava à cozinha. A cozinha era toda moderna, de ultima geração e as janelas davam para um campo com grama cortada. No andar de baixo não havia mais nada, então resolvi subir.
Depois de subir a escada foi para a esquerda e vi apenas uma janela e uma porta. Abri a porta e notei que dava para o teto acima da cozinha, lá havia grades altas e uma cesta de basquete. Voltei para dentro e fio para a direta. Lá havia três portas que davam para quartos gigantes, cheios de roupas pelo chão, armários abertos e camas de casal nos quartos, mas um era de criança, pois havia brinquedos e era o único que estava arrumado. Voltei para a escada e vi que tinha um corredor paralelo à porta de entrada. Fui até lá e entrei numa porta à esquerda. Lá havia uma segunda cozinha com quatro mesas de seis lugares cada. Olhei para o lado e vi uma janela um tanto diferente. O sentido dos vidros não era reto, mas circular além de uma proteção de madeira por dentro que também era circular. Empurrei essa proteção e vi a paisagem mais linda da minha vida. Árvores gigantes, plantas rasteiras, pássaros gigantes. Foi aí que percebi. Eu voltara para D-krako.

Dia: abafado, quente e tedioso.

Vitral

Eu estava em castelo com escadas em espiral de tom chumbo. Eu me encontrava em algum andar, junto de uma pessoa que eu não conhecia. Eu estava ensinando ela a quebrar vitrais com energia, mais precisamente os do castelo. Eu dizia que era necessário segurar toda energia na mão e depois soltá-la de uma vez só. Porém algumas pessoas começaram a chegar e nós descemos para a vila, ela era medieval e não possuía muitas casas, além do muro que a cercava.
Quando chegamos lá, uma revolução começou, as pessoas começaram a brigar fisicamente e/ou com armas (espadas, bastões, arcos, escudos.). Eu tinha que proteger minha aluna e para nos salvar, chamei amigos que praticavam cinese e invoquei vampiros, que fariam as pessoas desmaiar quando sugassem suas energias. Lembro que não lutei contra ninguém, apenas pulava extremamente alto com minha aluna para salvar-nos. Depois do problema, oito pessoas (provavelmente meus amigos, além de mim) estavam em cima do telhado de uma casa olhando para a população. Mas só apareciam nossas silhuetas, nada de cor.

Dia: Sol e chuva; estou entediado, cansado um pouco desmotivado.

O Passado