Mostrando postagens com marcador dia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador dia. Mostrar todas as postagens

Um alvo.

Felicidade,
Cercada de inveja
Não se pode vê-la em ação
O desejo de se ter toma conta
Incessante no admirador em questão
Ele toma para si a vontade de encerrar
E acaba pela felicidade alheia enterrar

Felicidade
Uma conquista.

Felicidade
Um alvo.

Escuro

E então ele estendeu sua mão, buscando tocar a luz esbranquiçada entre as nuvens de algodão. O barulho insuportável dos carros na avenida atormentava os ouvidos sensíveis daquele adolescente; uma leva brisa passava por seu corpo, balançando seus cabelos, sua camisa, e fazendo os pelos de sua nuca eriçarem, arrepiando todo o corpo no processo.
Nada mais restava a fazer. A luzes, apagadas por eventos fora do controle pessoal, morriam aos poucos em frente a seus olhos. Chamas de pessoas com medo, chamas de enamorados, chamas de curiosos, chamas de luz.
Seu corpo, cansado devido ao calor, buscava uma forma de se esfriar, bebericando da pouca água gelada que restava em seu copo, esfregando sua testa com o pano de prato em seu ombro, sentindo o a brisa entrar por suas roupas e o abraçar. Arrepio.
O mundo parecia amigável naquela situação. Pessoas que não possuíam costume de ser falar, saíam pelas ruas em busca de outros curiosos, averiguando as possíveis teorias para o fim da amada luz. Carros andavam devagar, sem a típica velocidade diária, sem a típica pressa com a vida. Não existia mais congestionamento, o que era estranho aos olhos do sistema vigente, já que, com três luzes, tudo se controlava.
Ele olhava para a luz da lua com os olhos brilhando. Não queria estar onde está, não queria fazer o que estava fazendo. Ainda mais no escuro.

O que fazer em uma situação como esta? Não possuindo velas, sem ter eletrônicos carregados, sem ter como escrever, sem ter como compor e possuindo medo do escuro.

Um novo eu.

Pequenos atos e uma mudança profunda no ímpeto de uma pessoa
São coisas normais para outras pessoas, pequenas ações que julgam ser comuns
Mas que para mim foram coisas novas, de extremo significado

Estou feliz com o resultado
Estou feliz com a história a ser contada
Não por um certo número
Mas por uma certa liberdade

Liberdade
O "Foda-se"
O "Só vai"
O "Parar de se importar"

Este sou eu no momento,
Alguém livre de preocupações,
Alguém alheio as distrações

Chuva chovida

Chove chuva chovida
Chovendo a chuva da alma vivida
Chuva de chuvas chovidas
Chovendo a chuva das águas perdidas

Chove chovendo as chuvas chovidas
Chovendo a chuca da vuca chuvica
Chove chovendo a chuva das chuvas
Chovendo a chuva das chuvas vividas

De ilusões

Vivo com base em uma esperança decadente
Convivendo com personas que julgo atraentes
Iludindo-me em prol de uma pseudo relação
Evitando, de fato, um caminhando de atuação

Perco-me entre pensamentos e formas de agir
Imobilizo-me, estático, sem saber como sair
Gasto tempo dialogando com as novas formas
Testando existências de novas plataformas

De caráter doentio
Conviendo com o eu
Morando no vazio
Enfrentando o sandeu

Mais alguns minutos.

Não é como se eu me importasse. É só que, depois de tanto tempo, depois de tanto permanecer em pé, eu, "finalmente", caí. Não tem porque se preocupar, em breve eu levantarei, mas deixe-me aqui por enquanto, está interessante.

Sinto saudades

Sinto saudades de tudo aquilo que vivemos
Do passado repleto de ensejos e do futuro repletos de desejos

Sinto saudades dos sorrisos vividos
Dos olhares pervertidos e dos gestos corrompidos

Sinto saudade dos ensaios
Das palavras faladas e das músicas cantadas

Sinto saudade de ti por inteiro
Sinto saudade...
Sinto falta...
Sinto falta de ti por inteiro.

E se a vida fosse assim? Como ela é, mas sem ser como deveria não ser.

E se a vida fosse apenas uma dança não dançada
Uma coreografia perfeita, exaustivamente ensaiada
Que no fim, ao palco, foi apresentada para o nada.

E se ela fosse uma peça sem atores
Com o roteiro atirado sobre o palco
As cortinas entre abertas, tapando o cenário
E o banheiro, com luzes acesas, repleto de talco?

E se fosse um diálogo sem sentido
Uma conversa entre o nada e o ninguém
Um caminho sem caminho
O algo indo em frente, seguindo o além

E se fosse apenas
Uma dança não dançada,
Uma peça não encenada,
Um diálogo não entoado,
Um mero caminho não desvendado

Mundos entre mundos

Em que mundo nós vivemos?
Em qual deles somos mais felizes?
Esta é a pergunta que me faço
Desde que entrei num mundo em colapso

Pergunto-me por quanto tempo eles durarão
Cada um, dentro de mim
Uma semana, dois meses, três dias, enfim
Uma eternidade que nunca se perderá na eterna imensidão

Duram o tempo que tiverem de durar
Mas, ao fim, sempre me avisam, com uma placa a brilhar

"Nós sempre existiremos, basta você querer, basta você lembrar."

Que nunca acabará

Tantas coisas poderiam ter acontecido
Mas, por um cutuco do destino, nada aconteceu

As coisas poderiam ter sido diferentes
Mas, por um jogo de azar, tudo se perdeu

Vivemos em um mundo perecido
Coberto de falsas esperanças
E atirado àqueles que já perderam a confiança

Ensaiamos diálogos para um futuro incerto
Imaginamos as cenas como se fosse uma peça
Mas no fim, nada sai como o planejado
Tudo vira um improviso, sem cenário enfeitado

Tudo é uma grande mentira, uma grande piada
Com as pontas largadas e as armas já fincadas

Um combate, uma cena, uma história que nunca acabará

Triste

Envolto em memórias de um passado amargo
Escuro e assombroso, repleto de demônios
Criaturas aladas e fantasmas no encargo
Relembrando tudo aquilo que um dia eu matei

Sentimento de angústia, de tristeza
Sentimento de solidão, vivendo na pobreza

Sem vontades, sem ambições
Sem ter pelo o que lutar
Novamente
Perdido entre mundos que sismo em criar

Vagando entre cadeiras complexas
Estudando durante horas, sem sair do lugar
Triste por não conseguir
Triste pelos "não's"
Triste pela falta de pequenos atos
Triste por todo este fardo

Mas, ao mesmo tempo, alegre
Alegre por pequenos atos
Alegre com poucas palavras
Mas no rosto, sempre a mesma expressão
A cara de alguém, que está de volta a depressão

2013

E mais um capítulo aguarda para ser escrito.

2012


Que tudo acabe e e logo renaça
Que tudo termine e logo se refaça

Dia na praça

Vejo a sombra engolir a praça
O doce vento do verão
Refrescando todos aqueles
Que se escondem da escuridão

Os transeuntes transitam pelas pedras desordenadas da praça
Saindo de seus empregos; percorrendo os retângulos
Degustando de suas taças; abraçando-se em pranto

A estátua a Osório me observa
Avaliando minha escrita
Avaliando minhas ações
Observando aqueles que insistem nas discussões

Loucos louqueando
Gritam em meio ao silêncio
Desarmonia com a flauta a tocar
Desarmonia com o poeta a pensar

Entristeço-me

Fico triste ao ver o quanto falta aprender.
Fico triste quando comparo a idade de meus mestres e vejo o quanto me falta aprender.
Fico triste por não ter tido uma história anterior, me fazendo sofrer para aprender.
Fico triste por ter dificuldade de entender.

Fico triste por não ter habilidade.
Fico triste por ter que fazer um esforço além do normal para conseguir.
Fico triste por não conseguir, por errar, confundir, arrumar, desistir. 
Fico triste por não gostar do que faço.
Fico triste por sofrer, por me sentir sozinho.
 Fico triste por ser tão lento.
 Fico triste por ser desafinado.
 Fico triste por não ter fôlego.
 Fico triste por errar.

Mas há momentos em que eu não fico triste.
Momentos que alimentam meus sonhos, que me dão forças para continuar, que fazem eu querer ser o melhor.
Momentos que me dão força para cantar, para escrever, para cantar.
Momentos que me fazem querer ser o melhor.
Momentos que me fazem querer.
Mas então a tristeza se faz presente, lembrando-me de todo o tempo que perdi, até, finalmente, me decidir.

Imagino cenas ao tocar

Sento em frente a meu piano
Respiro fundo, fecho os olhos
Imagino uma cena
Um pequeno ato
De uma mente
Momentaneamente
Serena

Caminho rumo a um colégio
Encontro um piano no caminho
Um piano sem pianista
Logo em frente aquela
Feia banca de revista

Olho para os lados
Ninguém a me olhar
Sento e inicio uma melodia
Antigas canções desconhecidas
Pobre maioria

Executo
Uma
Duas
Três
Cinco
Várias

Paro
Olho em volta
Uma multidão estava me admirando
Ouço suas palmas
Travo

Faço-me de mudo
Afinal
Naquele momento atroz
Eles estavam escutando minhas mãos
Não o som de minha precária voz

Falhar

Não falhei com os outros, falhei comigo.

Sonhos e pesadelos - Crescer

Tantos meses
Tanto tempo
Tantas folhas
Tanto vento

Vejo o quanto cresci
O quanto falta crescer
Vejo sorrisos desaparecerem
E vontades florescerem

Me pergunto o real significado
O porquê disto tudo
O motivo de deixar para trás
Tudo aquilo que havia conquistado

Estou crescendo
Estou resmungando
Estou vivendo
Envelhecendo

O porquê
O motivo
A causa
O pretexto

A cada passo eu apagado o passado
Guiando minha vida por novos caminhos

A cada ideia eu apago o já pensado
Esquecendo e deixando a outrora de lado

Afinal,
Crescer significa perder

Tudo e nada

Falta algo
E falta tudo
Falta algo
E falta nada

Tenho tudo
E tenho nada
Tenho algo
E tenho nada

Paro o tempo
O tempo para
Para tudo
E para nada

Canto algo
E toco nada
Toco tudo
E canto nada

Tudo bem

O que supostamente deveria ser uma data interessante teve um belo inicio. Mas tudo bem. Que os 19 sejam melhores que os 18 e piores que os 20.

O Passado