Acho que a única frase que eu precisaria dizer para todos do 3ºB é essa: "Eu não quero dar tchau para vocês". Abracei todos que compareceram no retiro e cada abraço foi sincero, mostrando o quanto eu quero cada um perto de mim. Mostrando a dor de ter que se separar de uma família. Mesmo não tendo acabado eu já sinto falta, mas sei que muitas aventuras e muitas bagunças ainda virão. Afinal, o 3ºB só vai morrer quando todas as fotos forem queimadas, todos os vídeos apagados, todas as lembranças esquecidas e todas as amizades dissolvidas. Ou seja, nunca.
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Bio
Em meio a Fauna, Flora, Mata alta
Reunindo compostos mortos pelo tempo
Estudando organismos deixados pelo vento
Sentado em áreas comuns tento compreender
Compartilhamento descontrolado
Prognóstico desequilibrado
O que de errado está a acontecer
Reinos biológicos
Domínio dos Biotas
Guerra pela vida
Partida decisiva
Prófase, metáfase, anáfase, telófase
Compreendendo a divisão
Analisando a criação
Poema sobre biologia.
Reunindo compostos mortos pelo tempo
Estudando organismos deixados pelo vento
Sentado em áreas comuns tento compreender
Compartilhamento descontrolado
Prognóstico desequilibrado
O que de errado está a acontecer
Reinos biológicos
Domínio dos Biotas
Guerra pela vida
Partida decisiva
Prófase, metáfase, anáfase, telófase
Compreendendo a divisão
Analisando a criação
Poema sobre biologia.
Homens da Taberna
Os grandes poetas permanecem nas tabernas
Vivenciando atos incompreendidos e invisíveis para a humanidade
Álcool, taças, traças, pequena grande bebedeira
Versos criados enquanto emoções se rebelam
Cavalos cavalgam selvagemente em cima das comidas
Fome que sacio ao criar este conjunto de letras
Emaranhado de ideias e gestes incompreendidos
Conjunto de sons articulados que ecoam no vácuo de meus pensamentos
Fujo da realidade através desta taberna
Fujo dela repetindo o caos que vivo em meu papiro
Fujo comendo e bebendo, perdendo tempo com o que gosto
Escapismo
Mármore gelado que encontra o meu tato
Aroma precioso que morre em meu olfato
Pessoas entram e saem, me olham
Não me compreendem
Podia estar trabalhando em algo mundano
Prefiro ver o tempo correr e sobre isso escrever
Em breve todos enterrados estarão
Nas areias do tempo
Afundados em um caixão
Mas meus versos intactos estarão
Sendo traduzidos, apreciados, compreendidos, queimados
Grandes mestres me inspiram
Futuros poetas me admiram
Esqueço que sozinho cá estou,
Neste ambiente gelado
O gás de minha bebida,
levemente fermentada
Estoura em meu corpo
Luzes baixas reconfortantes
Mais uma noite
Um encontro de amantes
Tarde
Hora de fechar.
Vivenciando atos incompreendidos e invisíveis para a humanidade
Álcool, taças, traças, pequena grande bebedeira
Versos criados enquanto emoções se rebelam
Cavalos cavalgam selvagemente em cima das comidas
Fome que sacio ao criar este conjunto de letras
Emaranhado de ideias e gestes incompreendidos
Conjunto de sons articulados que ecoam no vácuo de meus pensamentos
Fujo da realidade através desta taberna
Fujo dela repetindo o caos que vivo em meu papiro
Fujo comendo e bebendo, perdendo tempo com o que gosto
Escapismo
Mármore gelado que encontra o meu tato
Aroma precioso que morre em meu olfato
Pessoas entram e saem, me olham
Não me compreendem
Podia estar trabalhando em algo mundano
Prefiro ver o tempo correr e sobre isso escrever
Em breve todos enterrados estarão
Nas areias do tempo
Afundados em um caixão
Mas meus versos intactos estarão
Sendo traduzidos, apreciados, compreendidos, queimados
Grandes mestres me inspiram
Futuros poetas me admiram
Esqueço que sozinho cá estou,
Neste ambiente gelado
O gás de minha bebida,
levemente fermentada
Estoura em meu corpo
Luzes baixas reconfortantes
Mais uma noite
Um encontro de amantes
Tarde
Hora de fechar.
Triste e Feliz, Tudo ao mesmo tempo.
Tiro um tempo para pensar
Alegrias mudas
Tristezas ocultas
Confusões
Confusões de emoções
Confusões de pensamentos
Confusões
Onde eu deveria estar?
Devaneios inconscientes
Contradições inconsequentes
Muita coisa a sentir
Sentimentos agrupados
Cansada energia
Odiosa alegria
Indecência, consequência
Fim
Triste e Feliz
Tudo ao mesmo tempo
Alegrias mudas
Tristezas ocultas
Confusões
Confusões de emoções
Confusões de pensamentos
Confusões
Onde eu deveria estar?
Devaneios inconscientes
Contradições inconsequentes
Muita coisa a sentir
Sentimentos agrupados
Cansada energia
Odiosa alegria
Indecência, consequência
Fim
Triste e Feliz
Tudo ao mesmo tempo
Máscara, Quando perderá?
Quantas faces tens a me mostrar?
Quais mentiras contas a ti?
Quantas máscaras você carrega?
Quando mostrarás tua verdadeira forma?
Caminhamos pelo inconsciente
Passos largos
Reações inconsequentes
Que caia tua máscara
Sofrimento oculto
Diga-me quem você és
A procura de um sentido
Mostre-me sua face
Mundo vencido
Data inválida
Choras por dentro
Ninguém vê
Cobres com a máscara
Não conhece a ti
Não conhece os outros
Não sabe o que fazer
Muito menos responder
Quando perderá
A pequena máscara
Que insiste em carregar?
Quais mentiras contas a ti?
Quantas máscaras você carrega?
Quando mostrarás tua verdadeira forma?
Caminhamos pelo inconsciente
Passos largos
Reações inconsequentes
Que caia tua máscara
Sofrimento oculto
Diga-me quem você és
A procura de um sentido
Mostre-me sua face
Mundo vencido
Data inválida
Choras por dentro
Ninguém vê
Cobres com a máscara
Não conhece a ti
Não conhece os outros
Não sabe o que fazer
Muito menos responder
Quando perderá
A pequena máscara
Que insiste em carregar?
TemaLit
Livre para pensar
Muitos temas a fazer
Não há como completar
Não há meios a justificar
A verdade
Eis a questão
Como poderei suprir
A nota que me faltará
Recuperação
Inicio de ano
Baixa auto-estima
Novas regras
Novos meios
Falta de sorte
Bloqueio mental
Muitos temas a fazer
Não há como completar
Não há meios a justificar
A verdade
Eis a questão
Como poderei suprir
A nota que me faltará
Recuperação
Inicio de ano
Baixa auto-estima
Novas regras
Novos meios
Falta de sorte
Bloqueio mental
Crônicas?
Possível conversa entre dois pinos de boliche:
Pino dois: Eu não sei o que é pior, ser acertado pelas bolas ou ficar rodando dentro das maquinas depois que caímos.
Pino cinco: Eu prefiro a bo... *BLOM* - A bola chega e acerta os pinos.
Pino dois: Haha, eu não caí. Chinelão, bobão, não sabe se cuidar.
Alguém: Felipe, pega a bola pesada, por favor.
Pino dois: OMG *Suspiro* - A bola passa reto pelo pino. – Haha, ainda não ca... *BLOM*
Moral: Não xingue os outros com algo que você também passará.
Pino Dois: Kunquat
Pino cinco: Vini
-----------------------------
Possível conversa entre uma Zebra e um Corvo:
Zebra - Quem você pensa que é para sentar na minha 154ª listra branca? Não está vendo que com você aí a minha 154ª listra branca fica metade preta?
Corvo - Desculpe-me nobre servo da natureza, mas minha vida é rodeada de caos, de problemas e de mentiras. Parei em sua listra branca, pois queria um pouco de calma, de brilho, mas tudo o que consigo é deixar vossa listra meio preta.
Zebra - Credo, que depressivo. Pode continuar aí, assim você consegue sua paz e eu pareço mais o que sou: Preta com listras brancas.
Corvo - Sei que os raios que chocam-se contra suas listras, mentem sobre sua verdadeira forma. Você é preta, assim como eu, mas não relacionam você com um agouro.
Zebra - Ei cara, você já está começando a me chatear sendo tão forma é depressivo.
Corvo - Não que eu seja depressivo, mas eu, como adorador da noite, filho da Lua, tenho obrigação de tratar os filhos do Sol com respeito.Aqui, em cima desta listra branca, me perco nesta dimensão, não sou um filho do Sol como você, nem filho da Lua, sou filho das Estrelas, um meio, uma fuga. Você, animal preto e branco, não deveria ser rancoroso como os filhos do Sol, nem “depressivo” como os filhos da Lua. Desculpa-me por esta associação de cores, não há praticamente nada de relação.
Zebra - Claro, concordo plenamente. – Sai correndo, tentando fugir do Corvo e não olha para trás. O Corvo voa em direção a uma árvore, para não ficar voando sem rumo.
Corvo - É, mais uma vez sou tratado como um diferente. Só me resta esperar que a noite chegue e meus irmãos despertem.
Zebra: Vini
Corvo: Kunquat
Pino dois: Eu não sei o que é pior, ser acertado pelas bolas ou ficar rodando dentro das maquinas depois que caímos.
Pino cinco: Eu prefiro a bo... *BLOM* - A bola chega e acerta os pinos.
Pino dois: Haha, eu não caí. Chinelão, bobão, não sabe se cuidar.
Alguém: Felipe, pega a bola pesada, por favor.
Pino dois: OMG *Suspiro* - A bola passa reto pelo pino. – Haha, ainda não ca... *BLOM*
Moral: Não xingue os outros com algo que você também passará.
Pino Dois: Kunquat
Pino cinco: Vini
-----------------------------
Possível conversa entre uma Zebra e um Corvo:
Zebra - Quem você pensa que é para sentar na minha 154ª listra branca? Não está vendo que com você aí a minha 154ª listra branca fica metade preta?
Corvo - Desculpe-me nobre servo da natureza, mas minha vida é rodeada de caos, de problemas e de mentiras. Parei em sua listra branca, pois queria um pouco de calma, de brilho, mas tudo o que consigo é deixar vossa listra meio preta.
Zebra - Credo, que depressivo. Pode continuar aí, assim você consegue sua paz e eu pareço mais o que sou: Preta com listras brancas.
Corvo - Sei que os raios que chocam-se contra suas listras, mentem sobre sua verdadeira forma. Você é preta, assim como eu, mas não relacionam você com um agouro.
Zebra - Ei cara, você já está começando a me chatear sendo tão forma é depressivo.
Corvo - Não que eu seja depressivo, mas eu, como adorador da noite, filho da Lua, tenho obrigação de tratar os filhos do Sol com respeito.Aqui, em cima desta listra branca, me perco nesta dimensão, não sou um filho do Sol como você, nem filho da Lua, sou filho das Estrelas, um meio, uma fuga. Você, animal preto e branco, não deveria ser rancoroso como os filhos do Sol, nem “depressivo” como os filhos da Lua. Desculpa-me por esta associação de cores, não há praticamente nada de relação.
Zebra - Claro, concordo plenamente. – Sai correndo, tentando fugir do Corvo e não olha para trás. O Corvo voa em direção a uma árvore, para não ficar voando sem rumo.
Corvo - É, mais uma vez sou tratado como um diferente. Só me resta esperar que a noite chegue e meus irmãos despertem.
Zebra: Vini
Corvo: Kunquat
Exílio
Eu estava muito aborrecida naqueles dias de chuva no início do outono. Praia vazia, não havia muito que fazer. Passeava meio sem rumo pela areia quando a garoa começou a cair mais forte. Tentei apurar o passo, mas por conta do vento e da água não conseguia enxergar direito e, na tentativa de chegar o quanto antes a um abrigo, tropecei numa garrafa encoberta pela areia. Num misto entre raiva e curiosidade, olhei para ela e percebi que havia dentro algo meio brilhante, reluzente. Peguei a garrafa, lavei-a no mar e corri para me proteger num quiosque sem funcionamento naquela época.
Dentro do vidro verde devidamente fechado havia um rolinho de papel desses que refletem a luz. Talvez por não saber do conteúdo, não achei possível abrir a garrafa sem quebrá-la. Numa única pancada ela se estilhaçou, libertando o rolo laminado que trazia dentro uma carta. Com a alegria de quem descobre um tesouro e já arrependida pelos estilhaços, desenrolei o papel. A carta era escrita à mão, numa caligrafia caprichada, desenhada: “Sou Babel. Mudei por imposição dos meus pais para a Bahia e minha maior vontade agora é voltar para casa. Rezo para que essa mensagem encontre correntes e marés que a levem até Santa Catarina e chegue a Eduardo, meu único amor.” Não havia mais informações além do endereço de Babel e do telefone de Eduardo.
Dobrei o papel, coloquei-o no bolso de meu casaco e fui para casa. Atravessei a avenida e segui reto durante cinco quadras, passando por uma sorveteria, pela prefeitura, até finalmente, chegar em casa. Tirei a chave do bolso de meu casaco e abri o portão de ferro que dava para meu jardim de Tulipas. Atravessei-o, abri a porta, retirei meu casaco, pendurei-o e fui até meu quarto trocar de roupa. Peguei o papel do bolso e deitei no sofá; fiquei horas lendo, imaginando a história dos dois. Será que foi sofrida? ou bonita? ou apenas mais uma história melosa de amor? Acredito que só o tempo irá me dizer. Levantei-me encorajada e liguei para Eduardo, uma mulher atendeu:
- Oi, eu poderia falar com Eduardo? - Falei meio tímida.
- Olá, sinto muito, mas Eduardo morreu. - A voz dela era seca, como se estivesse chorando por um longo tempo.
- Nossa, mas o que aconteceu?
- Olha Dona, não estou com tempo para conversar, tenho que dormir para acordar cedo amanhã.
-Tudo bem, mas podemos marcar um encontro? Quero dizer, para você me contar esta história, eu realmente preciso saber.
- Podemos, amanhã às sete horas da noite, em frente a prefeitura, na sorveteria. Por favor, não se atrase
- Ok, chegarei no horário.
Coloquei o telefone no gancho e me deitei, imaginando o rumo que esta história tomaria de agora em diante. Não levou muito tempo, apenas alguns segundos, para eu dormir profundamente, imaginando o futuro.
Acordei pela manhã, com um pássaro preto bicando minha janela, parecia um mau agouro. Ignorei-o e me vesti para o trabalho. Eu trabalhava em uma loja de roupas, típica aqui de Santa Catarina. Nunca gostei de dobrar roupas, mas foi o único emprego que consegui desde que me mudei. Não foi um bom dia de vendas, apenas alguns pares de calças. Encerrei meu expediente e fui para a sorveteria. Por sorte o ônibus estava passando bem na hora, diminuindo o risco de eu me atrasar.
Desci na parada em frente à sorveteria e me sentei em uma das mesas do lado de fora do estabelecimento. Além do caixa, não havia ninguém lá. Eu nunca havia sentado naquela sorveteria, ela não era muito aconchegante.
Já passava das sete horas da noite, eu não agüentava mais ficar sentada esperando por alguém que não aparecia. Sete horas e quarenta e sete minutos uma mulher, de rosto pálido e trajes pretos, além do casacão que cobria todo seu corpo. Ela aparentava estar de luto.
- Com licença, você foi à mulher que ligou para mim?
- Sim, você poderia me explicar à história de Eduardo?
- Primeiro gostaria de saber o que te interessa saber sobre ele!
- Bem, há alguns dias eu encontrei uma garrafa na beira da praia, com uma carta dentro. Nela estava escrito que Babel havia se mudado para a Bahia e ainda amava Eduardo. Ela queria que a tal carta chegasse às suas mãos.
- Ah, Babel, faz tanto tempo que não a vejo. Sinto falta de suas brincadeiras.
- Você a conhecia?
- Sim, éramos grandes amigas, até Eduardo entrar para o ramo de drogas. Babel queria ajudar ele com esta escolha, mas os pais dela descobriram e a mandaram para a Bahia, para que ela não pudesse o ver novamente.
- Nossa que confusão, Eduardo morreu por causa do trabalho?
- Em parte, ele cometeu um grande erro, ele "contratou" um amigo para tentar resgatar Babel, porém seu amigo exigiu uma grande quantidade de dinheiro, mas ele aceitou. Seu amigo conseguiu achar Babel depois de duas semanas e a trouxe para minha casa. Quando foi cobrar de Eduardo, ele já havia gasto em drogas e não pode pagar. - A mulher parou de falar por um tempo e começou a chorar. - Ele pagou com a própria vida. Babel ao saber da morte de Eduardo, se atirou na frente do trem que pegaria para voltar a sua casa.
- Minha nossa Senhora Aparecida do Norte das Candelárias do Santo Antonio do Sul.
- Como?
- Estou impressionada com esta história. Nunca imaginei que algo assim poderia acontecer na vida real, apenas em livros ou tele-novelas.
- Bem, acho que já te falei tudo que precisava saber. O resto trate de descobrir.
Dentro do vidro verde devidamente fechado havia um rolinho de papel desses que refletem a luz. Talvez por não saber do conteúdo, não achei possível abrir a garrafa sem quebrá-la. Numa única pancada ela se estilhaçou, libertando o rolo laminado que trazia dentro uma carta. Com a alegria de quem descobre um tesouro e já arrependida pelos estilhaços, desenrolei o papel. A carta era escrita à mão, numa caligrafia caprichada, desenhada: “Sou Babel. Mudei por imposição dos meus pais para a Bahia e minha maior vontade agora é voltar para casa. Rezo para que essa mensagem encontre correntes e marés que a levem até Santa Catarina e chegue a Eduardo, meu único amor.” Não havia mais informações além do endereço de Babel e do telefone de Eduardo.
Dobrei o papel, coloquei-o no bolso de meu casaco e fui para casa. Atravessei a avenida e segui reto durante cinco quadras, passando por uma sorveteria, pela prefeitura, até finalmente, chegar em casa. Tirei a chave do bolso de meu casaco e abri o portão de ferro que dava para meu jardim de Tulipas. Atravessei-o, abri a porta, retirei meu casaco, pendurei-o e fui até meu quarto trocar de roupa. Peguei o papel do bolso e deitei no sofá; fiquei horas lendo, imaginando a história dos dois. Será que foi sofrida? ou bonita? ou apenas mais uma história melosa de amor? Acredito que só o tempo irá me dizer. Levantei-me encorajada e liguei para Eduardo, uma mulher atendeu:
- Oi, eu poderia falar com Eduardo? - Falei meio tímida.
- Olá, sinto muito, mas Eduardo morreu. - A voz dela era seca, como se estivesse chorando por um longo tempo.
- Nossa, mas o que aconteceu?
- Olha Dona, não estou com tempo para conversar, tenho que dormir para acordar cedo amanhã.
-Tudo bem, mas podemos marcar um encontro? Quero dizer, para você me contar esta história, eu realmente preciso saber.
- Podemos, amanhã às sete horas da noite, em frente a prefeitura, na sorveteria. Por favor, não se atrase
- Ok, chegarei no horário.
Coloquei o telefone no gancho e me deitei, imaginando o rumo que esta história tomaria de agora em diante. Não levou muito tempo, apenas alguns segundos, para eu dormir profundamente, imaginando o futuro.
Acordei pela manhã, com um pássaro preto bicando minha janela, parecia um mau agouro. Ignorei-o e me vesti para o trabalho. Eu trabalhava em uma loja de roupas, típica aqui de Santa Catarina. Nunca gostei de dobrar roupas, mas foi o único emprego que consegui desde que me mudei. Não foi um bom dia de vendas, apenas alguns pares de calças. Encerrei meu expediente e fui para a sorveteria. Por sorte o ônibus estava passando bem na hora, diminuindo o risco de eu me atrasar.
Desci na parada em frente à sorveteria e me sentei em uma das mesas do lado de fora do estabelecimento. Além do caixa, não havia ninguém lá. Eu nunca havia sentado naquela sorveteria, ela não era muito aconchegante.
Já passava das sete horas da noite, eu não agüentava mais ficar sentada esperando por alguém que não aparecia. Sete horas e quarenta e sete minutos uma mulher, de rosto pálido e trajes pretos, além do casacão que cobria todo seu corpo. Ela aparentava estar de luto.
- Com licença, você foi à mulher que ligou para mim?
- Sim, você poderia me explicar à história de Eduardo?
- Primeiro gostaria de saber o que te interessa saber sobre ele!
- Bem, há alguns dias eu encontrei uma garrafa na beira da praia, com uma carta dentro. Nela estava escrito que Babel havia se mudado para a Bahia e ainda amava Eduardo. Ela queria que a tal carta chegasse às suas mãos.
- Ah, Babel, faz tanto tempo que não a vejo. Sinto falta de suas brincadeiras.
- Você a conhecia?
- Sim, éramos grandes amigas, até Eduardo entrar para o ramo de drogas. Babel queria ajudar ele com esta escolha, mas os pais dela descobriram e a mandaram para a Bahia, para que ela não pudesse o ver novamente.
- Nossa que confusão, Eduardo morreu por causa do trabalho?
- Em parte, ele cometeu um grande erro, ele "contratou" um amigo para tentar resgatar Babel, porém seu amigo exigiu uma grande quantidade de dinheiro, mas ele aceitou. Seu amigo conseguiu achar Babel depois de duas semanas e a trouxe para minha casa. Quando foi cobrar de Eduardo, ele já havia gasto em drogas e não pode pagar. - A mulher parou de falar por um tempo e começou a chorar. - Ele pagou com a própria vida. Babel ao saber da morte de Eduardo, se atirou na frente do trem que pegaria para voltar a sua casa.
- Minha nossa Senhora Aparecida do Norte das Candelárias do Santo Antonio do Sul.
- Como?
- Estou impressionada com esta história. Nunca imaginei que algo assim poderia acontecer na vida real, apenas em livros ou tele-novelas.
- Bem, acho que já te falei tudo que precisava saber. O resto trate de descobrir.
Botas
No alto de uma igreja havia uma sombra sem contornos marcados, sem cores detalhadas apenas com os olhos refletindo a lua cheia. Estou em Carabás, cidade pequena no meio do nada perto de algum lugar. Achei interessante o nome, pois me lembra de um antigo amo, morreu tão jovem. Acho que não nos conhecemos, meu nome é Botas, mas sou conhecido como O gato de botas, odeio meu nome, só por que uso botas.
- Acho melhor sair dessa igreja, odeio quando os sinos tocam!
- Botas, pare de reclamar por um tempo.
- Por Madre de Botas Suecas, quem é você?
- Sou o Pequeno Polegar e você deveria ir ao...
Com um simples peteleco lancei o tal polegar a alguns vários metros, não gosto de companhia enquanto admiro a cidade. Pensando bem, coitado do Pequeno Mindinho, será que ele consegue sobreviver à tamanha queda?
- Dedo doMeio, já vou a seu encontro – berrei.
E como uma borboleta que se joga do palito, me atirei do ponto, mais alto da igreja. O vento passava por minhas intimidades e fazia meus pelos ficarem de pé. Ainda me restavam três segundos de queda e com extrema suavidade me encontrei com o chão apenas com as patas traseiras e caminhei a procura do Pequeno Indicador.
- Botas, é você? Estou aqui do lado do hidrante.
- Pequeno Polegar, peço-te desculpas pelo meu erro, o que tinhas a me dizer?
- Me pediram para te dizer que vá ao salão principal no quarto andar, do lado direito do bebedor, embaixo do quadro branco de Napoleão na Rua Fera.
- Ok, estou a caminho.
- Gato burro, não vai me ajudar? Eu te ajudei e mereço...
Sem pensar duas vezes chutei o Pequeno Anular o mais longe que consegui. Virei-me e escalei a escada de um prédio velho de tom violeta. Cheguei ao terraço e comecei a correr, pulando prédio por prédio até chegar ao meu destino, a Rua Fera.
- Impressiono-me com a falta de inteligência de alguns seres, isso é um beco.
Caminhei rumo ao único prédio presente no beco, possuía tons cinza e em média sete andares. A porta da frente era bonita, vidro transparente com detalhes em prata. Tentei abri-la, mas estava fechada, recuei alguns passos e escalei um andar, a janela do segundo andar estava aberta, agora era só descobrir onde pegar impulso. Desembainhei minha espada, cravei-a na fissura entre parede e a janela e usei-a como suporte. Atingi o segundo andar e entrei pela janela.
- Odeio dentista, e essas ferramentas não me trazem boas recordações. - enquanto falava me dirigi à porta, tentei abri-la, mas estava trancada. – Era só o que me faltava, por que fazem tudo pela metade?
Com um golpe de Kung Fu do estilo tigre, derrubei a porta, com tanta força que a mesma rachou ao meio. No fim do corredor estava a escada que dava o acesso direto ao quarto andar.
- Estranho.
Mas segui meu caminho, subi a escada e cheguei ao quarto andar. Antes de entrar na porta ao lado do bebedor, olhei para cima para checar a quadro branco. Ele era todo branco.
- Botas! Cretino, esqueceu do nosso compromisso? – Fera realmente estava estressado.
- Que compromisso, estas ficando louco Fera?
- Peter, sua revanche – Fera se se encostou à parede e deixou Peter passar.
- Peter Pan, lhe ganharei mais uma vez.
Ambos desembainhamos a espada e o metal rangeu. Subi na mesa que estava ao meu lado e ataquei Pan de cima cortando seu chapéu.
- A botas o chapéu não. To fora!
- Será que alguém pode dizer-me por que todo esse alvoroço com minha pessoa?
- Eu, Aquela que Dorme responderei. Você não foi no chá das du... – antes de terminar a frase ela foi pro chão, fiquei com cara de paisagem olhando a situação.
- Gato, é simples. – Branca se levantou e amaciou minha cabeça. – Você se atrasou para o chá das duas.
- Acho melhor sair dessa igreja, odeio quando os sinos tocam!
- Botas, pare de reclamar por um tempo.
- Por Madre de Botas Suecas, quem é você?
- Sou o Pequeno Polegar e você deveria ir ao...
Com um simples peteleco lancei o tal polegar a alguns vários metros, não gosto de companhia enquanto admiro a cidade. Pensando bem, coitado do Pequeno Mindinho, será que ele consegue sobreviver à tamanha queda?
- Dedo doMeio, já vou a seu encontro – berrei.
E como uma borboleta que se joga do palito, me atirei do ponto, mais alto da igreja. O vento passava por minhas intimidades e fazia meus pelos ficarem de pé. Ainda me restavam três segundos de queda e com extrema suavidade me encontrei com o chão apenas com as patas traseiras e caminhei a procura do Pequeno Indicador.
- Botas, é você? Estou aqui do lado do hidrante.
- Pequeno Polegar, peço-te desculpas pelo meu erro, o que tinhas a me dizer?
- Me pediram para te dizer que vá ao salão principal no quarto andar, do lado direito do bebedor, embaixo do quadro branco de Napoleão na Rua Fera.
- Ok, estou a caminho.
- Gato burro, não vai me ajudar? Eu te ajudei e mereço...
Sem pensar duas vezes chutei o Pequeno Anular o mais longe que consegui. Virei-me e escalei a escada de um prédio velho de tom violeta. Cheguei ao terraço e comecei a correr, pulando prédio por prédio até chegar ao meu destino, a Rua Fera.
- Impressiono-me com a falta de inteligência de alguns seres, isso é um beco.
Caminhei rumo ao único prédio presente no beco, possuía tons cinza e em média sete andares. A porta da frente era bonita, vidro transparente com detalhes em prata. Tentei abri-la, mas estava fechada, recuei alguns passos e escalei um andar, a janela do segundo andar estava aberta, agora era só descobrir onde pegar impulso. Desembainhei minha espada, cravei-a na fissura entre parede e a janela e usei-a como suporte. Atingi o segundo andar e entrei pela janela.
- Odeio dentista, e essas ferramentas não me trazem boas recordações. - enquanto falava me dirigi à porta, tentei abri-la, mas estava trancada. – Era só o que me faltava, por que fazem tudo pela metade?
Com um golpe de Kung Fu do estilo tigre, derrubei a porta, com tanta força que a mesma rachou ao meio. No fim do corredor estava a escada que dava o acesso direto ao quarto andar.
- Estranho.
Mas segui meu caminho, subi a escada e cheguei ao quarto andar. Antes de entrar na porta ao lado do bebedor, olhei para cima para checar a quadro branco. Ele era todo branco.
- Botas! Cretino, esqueceu do nosso compromisso? – Fera realmente estava estressado.
- Que compromisso, estas ficando louco Fera?
- Peter, sua revanche – Fera se se encostou à parede e deixou Peter passar.
- Peter Pan, lhe ganharei mais uma vez.
Ambos desembainhamos a espada e o metal rangeu. Subi na mesa que estava ao meu lado e ataquei Pan de cima cortando seu chapéu.
- A botas o chapéu não. To fora!
- Será que alguém pode dizer-me por que todo esse alvoroço com minha pessoa?
- Eu, Aquela que Dorme responderei. Você não foi no chá das du... – antes de terminar a frase ela foi pro chão, fiquei com cara de paisagem olhando a situação.
- Gato, é simples. – Branca se levantou e amaciou minha cabeça. – Você se atrasou para o chá das duas.
Escarlate
Ao decorrer desta jornada, brilhante como o sol amarelo escarlate que ofusca o olhar do mais nobre observador, ou como o entorpecer do movimento da lua branca divina que desperta o mais profundo sentimento de paz e transcende gerações de nobres defensores.
Sinto um vazio como um vácuo que passa a existir assim que a mais brilhante estrela deixa de existir ou como quando a ultima folha cai de seu galho seco e arranhado pelo vento que assovia e leva tudo em seu caminho, sem deixar rastros.
Uma "coisa" me falta, algo que deixaria meu céu azul cristalino, minhas flores mais vívidas, cheias de cores luminosas. Ou mais confortante como a sombra fresca de um pomar ao doce embalo da rede.
-
Não posso dizer quando, nem onde, mas posso afirmar que assim como o vento que sopra rumo ao leste, como as ondas que quebram na superfície, como o fogo que consome a vela e como a terra que faz brotar a mais frágil arvore, eu conseguirei o que quero.
Não gostei do fim.
Sinto um vazio como um vácuo que passa a existir assim que a mais brilhante estrela deixa de existir ou como quando a ultima folha cai de seu galho seco e arranhado pelo vento que assovia e leva tudo em seu caminho, sem deixar rastros.
Uma "coisa" me falta, algo que deixaria meu céu azul cristalino, minhas flores mais vívidas, cheias de cores luminosas. Ou mais confortante como a sombra fresca de um pomar ao doce embalo da rede.
-
Não posso dizer quando, nem onde, mas posso afirmar que assim como o vento que sopra rumo ao leste, como as ondas que quebram na superfície, como o fogo que consome a vela e como a terra que faz brotar a mais frágil arvore, eu conseguirei o que quero.
Não gostei do fim.
Certeza?
Tudo acaba (inclusive aqueles momentos que nós não queríamos que acabassem). Nossos sentimentos, nossas alegrias, esperanças e mágoas. Até mesmo aquela semana ruim, o pudim no fundo da geladeira e o almoço que você fez com tanto esmero, acabam.
E isso não é ruim, já que nos dá chance para começar novos caminhos e mais tarde acabá-los. Mas é ruim, quando a pessoa não sabe quando é a hora de acabar algo.
E isso não é ruim, já que nos dá chance para começar novos caminhos e mais tarde acabá-los. Mas é ruim, quando a pessoa não sabe quando é a hora de acabar algo.
"Fodo-me" existe?
Fodo-me nas matérias que complementam o currículo básico de uma pessoa normal. Matérias que servem para dar ao cidadão o dom da crítica e da palavra. Matérias que servem para calcular medidas extremas ou mínimas. Saber quanto à extremidade se dilatará antes de rachar. Saber a velocidade média de um táquion ou simplesmente escrever de forma correta. Não cometer erros grosseiros e saber datas que antecederam fatos importantes na história da civilização. Além de matérias estrangeiras que nos dão acesso a palavras, até então desconhecidas.
Porém não nos ensinam sobre a cultura desta matéria estrangeira, muito menos suas qualidades. Não nos ensinam a valorizar uma árvore e muita menos apreciá-la. Não ensinam que amizades devem ser conservadas, diferente do que acontecia no passado, quando amigos matavam amigos para salvar outros.
Enfim, eles não ensinam nada que dure. Afinal, na faculdade você não verá muita coisa que tenham passado.
Porém não nos ensinam sobre a cultura desta matéria estrangeira, muito menos suas qualidades. Não nos ensinam a valorizar uma árvore e muita menos apreciá-la. Não ensinam que amizades devem ser conservadas, diferente do que acontecia no passado, quando amigos matavam amigos para salvar outros.
Enfim, eles não ensinam nada que dure. Afinal, na faculdade você não verá muita coisa que tenham passado.