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Chuva chovida

Chove chuva chovida
Chovendo a chuva da alma vivida
Chuva de chuvas chovidas
Chovendo a chuva das águas perdidas

Chove chovendo as chuvas chovidas
Chovendo a chuca da vuca chuvica
Chove chovendo a chuva das chuvas
Chovendo a chuva das chuvas vividas

Borboleta manchada

É como se minhas asas secassem
Como se tudo fosse tingido
Uma tinta negra como a noite
Que faz tudo cair

Asas brancas como Luz
Transformadas em carvão
Estado putreo de meu corpo
Culpada seja a escuridão

Burlei-a durante algumas noites
Mas ela foi mais forte
Não tenho como lutar
Não tenho como sobreviver

Asas, que arrancadas foram de mim
Voltem para a Terra, lugar de sua criação

Corpo, que morre sem ter como voar
Volte para a Terra, lugar de sua criação

Abandono este plano
Volto para a Terra
Encerrando mais uma missão
Aguardando a volta
Pura diversão

Cães Lendários

O Raio
O Fogo
A Chuva

O ato
A consequência
A solução

O adorado
O compreendido
O odiado

Três cães
Eterna beleza

Criados de uma Guerra
Guardiões de duas torres

Protetores de um certo lugar
Ajudantes de um sonhos
Entendidos pelos de coração
Aqueles que atribuem à vida uma razão

Ideias ao vão, uma brilhante ilusão

Trilho caminhos extensos e cheios de pedras
Muitos problemas enfrento ao andar
Demasiados devaneios tenho com o simples ato de pensar

Figuras criam-se durante o percurso
Árvores, Mata, Nuvem, Aves
Animais perambulam pelas redondezas
Coelhos, Corvos, Pandas, Lobos

Sombras me seguem
Talvez seja a minha
Procurando o sol para viva permanecer
Enquanto meu corpo
Procura a lua para na obscuridade se esconder

Nuvens

As nuvens, levadas pelo vento
Entram em contraste com o sol

Carregadas de água
Perambulam pelo caos
Escurecem meu dia
Enegrecem minha pele

Velocidade alta
Diferença de massa
Quanto mais forte o vento
Maior a tempestade

Cores de gama variada
Adquirem um tom chumbo
Contraste com o vidro
Contraste com o mundo

Formas são montadas
Figuras constantes de sentido, relativamente, incompreensível
Formadas de ideias apostas em choque com o físico
Para você, talvez, algo imperceptível

João-de-Barro

Assim como um João-de-Barro
Quero que saibas
Sempre te amarei
Respeitarei
Apreciarei

Caso venhas a me trair
Tranco-lhe em nossa residência
Até que sua carne apodreça
Até que seu sangue seque
E sua alma desapareça

Reino-Animal [inacabado]

Algumas espécies de animais voam, sem rumo, sem direção.
Algumas espécies de animais afundam, sem motivação.
Outras espécies de animais se jogariam de um prédio
E por fim, muitas espécies de animais se suicidariam com uma caixa de remédios.

Algumas espécies são verdes, outras roxas, quem sabe, cintilam
Algumas espécies voam, nadam, correm, pulam, morrem
Outras espécies se jogam, mordem, matam, saltitam
E por fim, muitas espécies acabam por acabar, antes de começar

Algumas espécies mostram uma beleza indecifrável
Algumas espécies tocam a lua, olham para o sol
Outras espécies quebram seus bicos, arrancam suas penas
E por fim, muitas espécies se escondem em rochas, para não verem algo tão lamentável

Algumas espécies emitem sons agoniantes
Algumas espécies nadam rápido, pensam rápido, fogem rápido
Outras espécies tem medo destes animais
E por fim, muitas espécies fogem ao ouvir o seu gemido

Algumas espécies não compreendem sua vida
Algumas espécies correm em apenas uma direção
Outras espécies esperam sua comida chegar, apodrecida, ao pedaços, talvez
E por fim, muitas espécies disputam o mesma presa, a mesma carne, o mesmo destino.

Muitas espécies são endeusadas
Algumas espécies são contempladas
Outras são apenas reconhecidas
E por fim, poucas são como asgatas

Algumas espécies suportam o frio
Algumas espécies não conseguem voar
Outras espécies nadam para sobreviver
E por fim, muitas espécies deixam os pais para os filhos proteger

Algumas espécies morrem no inverno
Algumas espécies são envoltas por lã
Outras espécies são dizimadas por carnívoros
E por fim, muitas espécies tentam sobreviver como herbívoros

Algumas espécies habitam lugares, antes, inabitáveis
Algumas espécies procriam para se salvar
Outras espécies são levadas para outros continentes
E por fim, muitas espécies são mortas por falta de controle

Algumas espécies são pequenas
Algumas espécies possuem conhecimento à ensinar
Outras espécies devoram plantações
E por fim, muitas espécies têm algo a ocultar

Algumas espécies constroem suas casas
Algumas espécies erguem muralhas para a água conter
Outras espécies criam saídas submersas
E por fim, muitas espécies gastam suas vidas para a muralha não romper

Algumas espécies deslizam por aí
Algumas espécies carregam suas casas, nem aí
Outras espécies para brincadeiras vão servir
E por fim, muitas espécies nenhum som podem emitir

Algumas espécies tendem a se esconder
Algumas espécies se camuflam para algo comer
Outras espécies são cegas ao andar
E por fim, muitas espécies possuem veneno para matar

Algumas espécies tem nomes difíceis a pronunciar
Algumas espécies misturas são de outras eras
Outras espécies são mamíferos, mas ovos vão botar
E por fim, muitas espécies incompreendidas vão ficar

Algumas espécies garras e dentes possuem para se auxiliar
Algumas espécies seu couro e ossos os humanos vão arrancar
Outras espécies perseguirão criaturas serelepes
E por fim, muitas espécies terão sua carne colocadas em garepes

Animalidade que reside no homem

Não consigo gostar do ser humano
Os critico, os ofendo, mas faço o mesmo
Então me odeio?
Talvez, mas de que adianta me odiar?

Procuro me salvar na natureza
Os animais me acolhem
Os pássaros me chamam
E as árvores me olham sem tamanha dureza

O que deve fazer
Se todas minhas amizades
Não conseguem palavras dizer

Resta-me encontrar
Algo para me consolar
Talvez crer na animalidade que reside no homem

Natureza e Alma

As almas que vivem dentro das árvores
Choram pela destruição de seus corpos e lares
Quanto tempo as almas ainda irão sofrer?
Algo impede o homem de pensar
Destruindo tudo a sua volta

[vini]
Pássaros negros que voam rumo a lua
Levem consigo toda esta amargura
Alguns dizem que almas não sentem
Infelizmente, para mim, eles mentem
[/vini]

Plantas que rastejam pelo chão
Carreguem consigo as almas que aqui ficaram
Porque erraram ou por não terem paciência
Quantas almas impuras estão entre nós?
Algo impede o homem de viver
O que está a acontecer?

Lamento que toda a natureza tenha de morrer
Por um mal que habita a alma dos vivos
E só é curado após a morte
Infelizmente, é muito tarde

Moon and Ocean

The moon is my home and the ocean is my body.

- The moon was shining when you appeared and disturbed the ocean. What were you thinking? - The moon is special for me. My heart and my mind were living there and the moon is the contrast of the ocean.
- I’m sorry. I didn’t have any knowledge.
- How not? Everybody know, everybody can fell this, but you are a stupid man that don’t have control over your body.
- But us still are friends right?
- No, I’m alone in the dark, my heart is broke and there is no way for me.
- How can you say that?
- Ok, you are my friend, but never do this again!

By: P.Kunquat

Mundo perdido

“Mundo perdido em que antas correm, baratas morrem e formigas destroem.”

Pássaros, meus pássaros, onde estão vocês?Meus Deuses que me ajudam com problemas mundanos e de baixo nível. Sei que se dividem em quatro e é a vocês que me dirijo. Sinto falta de vocês, falta de suas presenças, de seus abraços.
Protejam-me, estejam aqui quando eu precisar, mesmo que eu não vos chame. Mesmo que eu já tenha perdido minha capacidade de pensar e sentir, estejam comigo e me acompanhem ao meu destino.

Vocês que voam pelo céu azul reluzente
Cuidem de mim, das pessoas que amo
E principalmente de meu amor decadente.

Mofo

Mofarei para que os pequenos animais que residem em meu lar possam banquetear-se de meus resíduos tóxicos mortais
Desejarei que todos que me cercam, careçam de pequenas partes aleatórias e apodreçam
Mentirei sobre o supracitado, fazendo disso um enorme engano deformado
Esperarei por animas diferentes, tóxicos imortais, devoradores naturais, tratando de problemas ancestrais

Julgarei impostores fantasiados de grandes nobres retardados, renegados
Comerei com aqueles que queriam me comer no início do delito, ou do simples escrito
Gritarei com o mínimo de força possível para que eu possa me deliciar com um especial sofrimento alheio
Tentarei olhar sua agonia disfarçada de melosas frases repletas de desesperados equívocos

Dormirei de olhos abertos para monitorar aqueles que banqueteiam-se de meu corpo
Olharei para cima para ver as criaturas aladas caçadoras das fracas alheias fantasias
Relaxarei meu corpo banhado em água morna e posteriormente lhe devolverei aos pequenos animais que residem em meu lar

Animalia

Hoje espero sonhar nas emaranhadas linhas de raciocínio
Espero ver as rosas abrirem e exalarem seu perfume superficial
Enquanto minhas aves me guiam pela escuridão em declínio
E minhas feras cuidam de meu problema carnal

Assim como o Lince, desejo aprender e manter
O silencio que deveria ecoar após o saber
Desejo que os sonhos que guarda
Possam fazer parte de mim

Os novos Dragões que guardam assim
Toda a realidade, longe da ilusão
Com seus novos corpos, as Libélulas
Purificam a mente daquele ser repleto de imaginação

Em busca pelo futuro só posso apelar ao Cisne
Que com seu vôo suave e corpo gracioso
Atravessa a dimensão dos sonhos e transpassa os planos da consciência

Grande Espírito que guia cada animal ao seu plano espiritual
Tenha aflição com aqueles humanos supérfluos
Eles tendem a destruir o que é mais sagrado
Assim como as rosas murchas, deixe que eles caiam em seu mundo imaterial

Lince, Cervo, Tamandua, Cachorro, Corça
Seres de eterno dons e beleza
Entrem em meus sonhos e façam deles vossa fortaleza

O Passado