Floreios e Borrões

Leave a Comment
Floreios e Borrões, fim de tarde, a loja estava fechada, mas não possuíamos escolha, tínhamos de nos esconder em algum lugar. Arrombamos a porta, a loja possuía um tom chumbo, nenhuma luz estava acesa, tornando a sala ainda mais escura. Vários livros estavam no fundo da loja, e na frente havia vários ovos de páscoa cobertos com papeis dourados e prateados.
- Quem dera ter tempo para comer um ovo. - Pensamentos gordos sempre passavam pela cabeça de Marta.
- Shh. Ela está vindo, vamos nos esconder! - E eu, como sempre, cortava sua alegria.
Corremos para a parte de trás da loja, onde estavam os livros e fomos para baixo de uma mesa. Devido a quantidade de ovos e livros no chão não era possível nos ver do lado de fora, mas isso não impediu de notarem nossa presença.
Passos ecoavam pelo corredor, várias pessoas passando ao mesmo tempo, a não ser uma que parou olhando para a porta. Ela ergueu sua varinha e a porta se abriu. Seus passos eram escutados dentro da loja, leves, mas acelerados.
- Eu sei que vocês dois estão aí, não adianta se esconder. Saiam para não se machucarem.
- E agora, o que vamos fazer?
- Para Marta, ou ela vai nos ouvir. - Cochichávamos, mas como a loja era pequena, nada impedia ela de nos ouvir.
- Arthur, ela está vindo pra cá.
- Vocês dois que pediram.
Sem medir as consequências, saquei a varinha e saí de baixo da mesa, lançando um feitiço na professora que nos procurava.
- Estupefaça! - Seu corpo foi jogado contra os ovos e a frente da lojas. - Corre!
Saímos correndo da loja, cruzando os corredores vazios repletos de pedras e mármore. Duas pessoas estava conversando ao lado de uma escada a nossa frente. Ao subirmos a escada, Snape estáva nos encarando, ele sacou a varinha.
- Expelliarmus!
- Protego Totalum!
O feitiço de Snape ricocheteou no feitiço defesa, mas com um feitiço não verbal ele conseguiu quebrá-la. Corri para a porta e ergui outra defesa, para que ele perdesse mais tempo. Percorremos vários outros corredores e passamos por várias portas, até que chegamos na praia que havia fora do castelo.
Lá havia um grande estátua de gato e muitas pessoas em volta de fogueiras, cantando.
- Arthur, cuidado!- Um feitiço azulado passou por cima de mim, Hermione estava alguns passos a frente de nós, com sua varinha erguida, apontando na direção do gato.
- Obrigado Marta.
- Piertotum Locomotor!
Fortes tremores podiam ser sentidos, a estátua de gato começou a se mexer, retirando suas patas do chão, movendo sua cabeça e parando para encarar marta e eu.
- Vadia!
Marta correu ao encontro de Hermione, puxando-a pelos cabelos, iniciando uma luta corporal. As duas rolavam pela areia, até que ambas estavam dentro d'água do mar, lutando sem suas varinhas. Enquanto eu era perseguido pela grande estátua. Ela tentava me acertar com suas patas de três metros de diâmetros, mas eu era mais rápido. Em uma ultima tentativa virei para trás e lancei um dos feitiços mais poderosos que sabia.
- Expulso! - Com um grande zumbido, a estátua adquiriu um tom amarelado e se desintegrou.
Corri para o encontro da Marta, que estava aos socos e chutes com Hermione. Não era possível dizer quem estava ganhando, já que as ondas também estavam participando. Entrei dentro d'água e usei um feitiço de fogo para afastá-las.
- Incendio! - Algumas chamas sugiram na água, mas devido a água eram apagadas rapidamente, por sorte, Hermione possuía medo de fogo, afastando-a da Marta.
Corremos para a areia, não havia para onde ir, todos estavam nos procurando. Por sorte éramos maiores de idade, podíamos usar feitiços mais complexos.
- Marta, temos que sair daqui.
- Mas para onde nós vamos?
Enquanto falávamos, Hermione se recuperara do susto e vinha ao nosso encontro. Sua varinha estava apontando para nós e seu olhar dizia que não seria uma boa ficar lá.
- Qualquer lugar bem longe.
- Avada...
Os olhos de Marta ficaram perplexos, como podia uma grande aluna conjurar tal magia. O que tínhamos feito para merecer a morte?
- Me dá tua mão, já! - Marte não pensou duas vezes antes de me agarrar, não devíamos morrer.
- Keda...
Aparatamos.

0 Trocados - Comentários:

Postar um comentário

O Passado