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Sonhos e pesadelos - De tijolo a castelo

Como poderia alguém se importar com um ser como este?
Como poderia crer que dará certo com um ser como este?
Onde está sua esperança e força de vontade para um futuro melhor?
Saia de perto dele, não há nada a ganhar, se afaste de um ser como ele.

Eu não me importo
Podemos passar fome
Podemos sofrer com o frio
Termos que roubar
E tomar banho no rio

Podemos ir a falência
Cair no buraco mais fundo
E perder a sapiência

Mas não importa, não há um critério
Pois, com um ser como este
Construiremos um império

O ataque louco das baratas demoníacas

Era noite
As cortinas balançavam e vento assoviava

Eu estava sozinha
Fechada em meu quarto, adentrando a madrugada

Tudo estava calmo
O relógio tiquetaqueava e ao vento balançava

Era minha noite de lazer, minha noite de sossego
Mas tudo mudou, quando ela atacou

As patas peludas
De pura podridão
As asas demoníacas
Reproduzindo o trovão

Do seu canto ela atacou
Voando ao meu redor
Calculando sua trajetória
Planejando a vitória

Sozinha e sem força
Encolhi-me em minha cama
Chorando como uma criança
Sem um pingo de esperança

Ela emitia sons em meio ar
Não havia como tudo piorar

Pela janela pouco aberta
Novas amigas se juntaram
Circundando minha cabeça
Observando minha beleza

Direcionando o corpo
Subindo em meu tornozelo
Percorrendo meu braço
Andando em meu cabelo

Que triste fim
Coberta e sem ar
Sufocada por toneladas
Em cima de mim

Inspirado na história de J. Roth. [a.k.a - Juke]

Um novo eu.

Pequenos atos e uma mudança profunda no ímpeto de uma pessoa
São coisas normais para outras pessoas, pequenas ações que julgam ser comuns
Mas que para mim foram coisas novas, de extremo significado

Estou feliz com o resultado
Estou feliz com a história a ser contada
Não por um certo número
Mas por uma certa liberdade

Liberdade
O "Foda-se"
O "Só vai"
O "Parar de se importar"

Este sou eu no momento,
Alguém livre de preocupações,
Alguém alheio as distrações

Aqueles que vieram me ver

Luzes na face
Branca imensidão de nada
Onde estará aqueles que vieram me ver?

Cabos os pés
Doce reboliço da carne
Onde estará aqueles que vieram me ver?

Batidas descompassadas
Desafinação, em leve, afinada
O som, a corda, enfim, o nada

Martelos a bater
Luzes a reverberar
Cordas a tremer
Harmônicos a ressoar

Minutos de anseio
Procurando a perfeição
Esperando um simples gesto
Para saber se, enfim,

Presto!
Adagio!
Allegro!

Corre!
Lento!
Rápido!

Letras!
Folhas!
Troca!

Bolhas!

Arpeggio.
Fim.

Onde estará aqueles que vieram me ver?

[Pausa]
[Palmas]
[Forte]
[Calma]

Onde estará aqueles que vieram me ver?

Um pouco mais


Olho pelos vitrais e observo o fluxo se esvair
Reparo no movimento desalinhado das gotas d'água
No movimento desordenado de pessoas desorientadas
E no movimento simétrico dos pássaros em formação

Respiro fundo, busco mais ar do que suporto
Fecho os olhos, lágrimas.

Recordo-me das pessoas que me marcaram
Sinto, novamente, o porquê de ainda estarem presentes
Ódio, amor, culpa, louvor, mentiras... simples dor

Dor de ver tudo se esvair
De ver o passado me assombrar
E o futuro evaporar

Dor de ver o ser fugir
De ver o amigo chorar
E o amante se afogar

Olhos cor de chuva
Suporto pesos que não deveriam me pertencer
Mar de lágrimas
Rego sentimentos que há muito devia esquecer

Amante se afogar...
Querendo, nele, a culpa colocar...

Eu o matei
Eu os fuzilei

Afoguei-os em minhas lágrimas
Sufoquei-os com meus problemas
Perdi aqueles em quem confiava
Perdi aqueles a qual amava

Amigos, parentes
Queridos existentes

Restou-me o nada
Restou-me ninguém
Mas não sem antes a morte aparecer
Recolhendo tudo aquilo que teimou permanecer

Abro os olhos...
Vitrais...
Vidro colorido...
Dizem que é para embelezar...
Bobagem, são cores...
Só fazem a gente não surtar...

...Um pouco mais...

Paredes do inconscientes

Um arquiteto do inconsciente
Um mero devaneador

Construtor de uma realidade
Discórdia de um escritor

Dizem que meu mundo não existe
Dizem que vivo uma farsa
Vivo entre a falsidade
Vivo uma vida de ansiedade

Como podem julgar minha realidade como falsa?
Como podem questionar as minhas crenças?
Nunca obriguei vocês a me entender
Mas nem um pouco de respeito vocês podem empreender?

Não tento converter vocês à minha religião
Não tento obrigar vocês a compartilhar de minha imaginação
Não tento fazer vocês acompanharem o meu caminhar
Então por que continuam a me magoar?

Faço parte do povo grego
Compreendedor da ciências
Compreendedor da religião
Deixem-me assim
Não quero ser um racional
Com medo da imaginação

Que mundo chato este seria
Um mundo em preto e branco
Um mundo sem magia

Que mundo chato este seria
Sem meus dragões
Sem meus duendes, gnomos, anões

Deixem-me sonhar
Deixem-me imaginar

Se não gostas
Afaste-se
Se gostas
Aproxime-se

Só não repita os erros
Não seja como os outros

Labirinto de sonhos e loucura - parte dois - O Duelo

Kunquat: Pegarei minhas armas e destruirei as paredes que sismam em me cercar; e, caso não haja saída, usarei todos meus recursos e criarei uma.

Guto: E quem sabe o que há por trás destas paredes?

Kunquat: A vida é uma noite escura, ninguém sabe o que acontecerá ao dar mais um passo. Por isso que ela é interessante.

Guto: Se nós soubéssemos, que graça teria? Se não existissem as perguntas ninguém descobria as respostas que nos formam no presente. É o sentimento de incerteza que nos mantém alerta, ele que nos mantém vivos.

Kunquat: O mundo não existe para frente, apenas para trás. O que há em nossa frente é um mistério, uma incógnita devido ao escuro, ao borrão que se faz presente. O que há para trás é o iluminado, o caminho já traçado, o conhecido. O maior problema da vida é ficar parado, esta não é uma opção. Quando parados, nossa mente transita por estes dois lados, o escuro e o iluminado, ela mistura as cores, enlouquecendo o corpo e a psique. Nossa mente nos traí. Por isso não podemos parar, devemos sempre perguntar e traçar um novo caminho.

Guto: Ficar parado a beira de um passado de traumas é a receita para a loucura. O tempo nunca para, mas algumas pessoas param o tempo. Estas pessoas param de evoluir enquanto uns aproveitam para apagar antigas marcas, criando novos momentos, nem que sejam momentos que, quando unidos, criem uma nova maneira de viver. Estas que aproveitam o tempo redescobrem-se, vivem uma nova vida, novas ideias, descobrem um sorriso ao acordar toda manhã. Um sorriso de esperança de alguém que perdeu este sentimento há muito tempo.

Kunquat: Somos como uma Fênix, não importa quantas vezes tombemos, sempre renasceremos de nossas cinzas, de nossos traumas. Renasceremos mais fortes, com mais coragem, com mais determinação. Renascemos para re-enfrentar o mundo, para re-encontrar as belezas perdidas entre as nascentes caóticas e as paisagens bucólicas. Renascemos para voltar a sorrir, talvez em um ciclo individual, talvez em forma de um casal.

Guto: Nunca é tarde para darmos uma nova chance quando podemos aprender com os erros do passado. Não precisamos de um motivo para acordar toda manhã, mas precisamos saber que podemos encontrar um, um sonho ou um alguém. Sempre é tempo de recomeçar a busca por sua razão de vida, pelo que vai te fazer feliz. Não importa quanto tempo dure, pode ser entre dias quentes, semanas chuvosas, ou nas piores semanas do inverno, quando você se sente sozinho.
Saiba que não vai se arrepender de continuar lutando para criar sua nova história e contribuir para as histórias paralelas. Já que, mesmo não estando em um relacionamento, não estamos sozinhos, sempre podemos encontrar apoio para que continuemos todo dia com esta exaustiva tarefa de viver, guardando todas as memórias felizes que vivenciarmos. Junto, é claro, dos momentos tristes, pois a vida é como uma tempestade, sempre há um lindo nascer do sol após as trevas.

Kunquat: Por mais que erre os diálogos em cima do palco, por mais que a tempestade arranque parte de suas posses, o publico sempre aplaudirá, e a calmaria sempre aparecerá. Momentos turvos precedem a calmaria. Dor e agonia serão substituídos por amor e alegria.
Sempre estaremos aqui, renascendo das cinzas, quebrando as paredes, erguendo-se da loucura, esquecendo os traumas e esperando o sol nascer. Sempre teremos outra chance, talvez agora, talvez depois, mas não se esqueça, não fique parado, ainda há muito o que explorar.

Fígado em quatro paredes

Fechado em um gabinete penso em minhas ações
Encosto as portas
Cerro as janelas
Sufocado com ideias abstratas
Quanto tempo aguentarei
Até que meu fígado se canse
E com cirrose eu entre num transe

Banda

Gritos de uma guitarra retumbante
Escudos de um baixo ressonante
Melodia em composição
Uma arte de difícil criação

Criando uma ideia
Análise de uma sociedade
Humanos em contemplação
Um mundo em perdição

Investidas de uma bateria enferrujada
Leve como pena
Pesada como pedra
Uma eterna batida ritmada

Acordes melancólicos de um piano envelhecido
Um senhor os executa
Lembranças de um passado distante
Memórias com mais de um sentido

Malparo de uma voz desentoada
O infinito para ensaiar
Imensurável repertório
Coragem de uma alma desacostumada

Comas de um violino estarrecido
Comas de um celo enternecido
Uma forma de reflexão
Eterna distração

Uma banda
Um sonho
Em breve
A realização

Diferentemente anormal

Cá estou para dividir minhas lamentações
Falo com aqueles que me escutam
Aqueles que me compreedem
Que não julgam a minha realidade

Não critico tada a raça, tada a civilização
Não gostaria que todos pensassem como eu
Nunca desejaria que o típico fosse o normal
Só questiono o por que de tudo ser sentenciado

Anormalmente normal
Diferentemente comum

Alguns me entendem
Estes me escutam
Juntos agimos
Mudamos um mundo com ações previsíveis

Mas como mudar algo que sabemos que não mudará?
Simples, falemos com aqueles que não sentenciam o sentenciado.

Mais próximo que o permitido

Overdose de sentimentos
Overdose de remédios
Vidas em colisão
Prótons, Elétrons
Divergências
Boom

Retiro 3ºB

Acho que a única frase que eu precisaria dizer para todos do 3ºB é essa: "Eu não quero dar tchau para vocês". Abracei todos que compareceram no retiro e cada abraço foi sincero, mostrando o quanto eu quero cada um perto de mim. Mostrando a dor de ter que se separar de uma família. Mesmo não tendo acabado eu já sinto falta, mas sei que muitas aventuras e muitas bagunças ainda virão. Afinal, o 3ºB só vai morrer quando todas as fotos forem queimadas, todos os vídeos apagados, todas as lembranças esquecidas e todas as amizades dissolvidas. Ou seja, nunca.

Um ser programado para a auto destruição

Um ser complexado
Vivendo ilusões incontroláveis
Morando em um mundo de devaneios
Conclusões precipitadas

Este ser que toma forma
Reflexo de um espelho
Completo de emoção
Poucas gotas de razão

Morte emocional
Suprimindo a realidade
Habitando o mundo dos sonhos
Voando com certa liberdade

Em meio a um apagão
Demência cerebral
Ser programado
Rumo a auto-destruição

Infantilmente Informal

Crescer em meio a um mundo infantil
Rodeado de idiotas infantilmente amadurecidos
Tomo decisões conscientes e recebo reação impulsivas
Não que me incomode
Acostumado com problemas emocionais
A menos que os neguem, que eu passe a ser mentiroso

Perdi dias, ou segundos, pensando
Situações, imaginando opções
Ensaio de diálogos que nunca existirão
Observado sou
Pessoas que esperam minhas reações
Vandalizam pensamentos
Persuadido sou

Enrolado com ideias
Instintos animais
Conclusões desnecessárias
Situação informal

De fato.

Como diria um amigo meu em momento de dorgas...
"As coisas simplesmente acontecem."

Fato 3

A inteligência não é medida pela nota que tu tirou na prova. É medida na hora de fazer uma escolha e decidir qual é a correta.
~Gi~

Sério

Morrendo afogado em uma poça de novos pesadelos
Figuras abstratas
Demência
Leve toque de eloquência

Homens da Taberna

Os grandes poetas permanecem nas tabernas
Vivenciando atos incompreendidos e invisíveis para a humanidade
Álcool, taças, traças, pequena grande bebedeira

Versos criados enquanto emoções se rebelam
Cavalos cavalgam selvagemente em cima das comidas
Fome que sacio ao criar este conjunto de letras
Emaranhado de ideias e gestes incompreendidos
Conjunto de sons articulados que ecoam no vácuo de meus pensamentos

Fujo da realidade através desta taberna
Fujo dela repetindo o caos que vivo em meu papiro
Fujo comendo e bebendo, perdendo tempo com o que gosto
Escapismo

Mármore gelado que encontra o meu tato
Aroma precioso que morre em meu olfato

Pessoas entram e saem, me olham
Não me compreendem
Podia estar trabalhando em algo mundano
Prefiro ver o tempo correr e sobre isso escrever

Em breve todos enterrados estarão
Nas areias do tempo
Afundados em um caixão

Mas meus versos intactos estarão
Sendo traduzidos, apreciados, compreendidos, queimados
Grandes mestres me inspiram
Futuros poetas me admiram

Esqueço que sozinho cá estou,
Neste ambiente gelado
O gás de minha bebida,
levemente fermentada
Estoura em meu corpo
Luzes baixas reconfortantes
Mais uma noite
Um encontro de amantes

Tarde
Hora de fechar.

João-de-Barro

Assim como um João-de-Barro
Quero que saibas
Sempre te amarei
Respeitarei
Apreciarei

Caso venhas a me trair
Tranco-lhe em nossa residência
Até que sua carne apodreça
Até que seu sangue seque
E sua alma desapareça

Máscara, Quando perderá?

Quantas faces tens a me mostrar?
Quais mentiras contas a ti?
Quantas máscaras você carrega?
Quando mostrarás tua verdadeira forma?

Caminhamos pelo inconsciente
Passos largos
Reações inconsequentes
Que caia tua máscara

Sofrimento oculto
Diga-me quem você és
A procura de um sentido
Mostre-me sua face
Mundo vencido

Data inválida
Choras por dentro
Ninguém vê
Cobres com a máscara

Não conhece a ti
Não conhece os outros
Não sabe o que fazer
Muito menos responder

Quando perderá
A pequena máscara
Que insiste em carregar?

O Passado