Mostrando postagens com marcador feliz. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador feliz. Mostrar todas as postagens

Mundos entre mundos

Em que mundo nós vivemos?
Em qual deles somos mais felizes?
Esta é a pergunta que me faço
Desde que entrei num mundo em colapso

Pergunto-me por quanto tempo eles durarão
Cada um, dentro de mim
Uma semana, dois meses, três dias, enfim
Uma eternidade que nunca se perderá na eterna imensidão

Duram o tempo que tiverem de durar
Mas, ao fim, sempre me avisam, com uma placa a brilhar

"Nós sempre existiremos, basta você querer, basta você lembrar."

De Jane à Juke

De brigas em brigas
De brigas intrigas
Discutindo o aleatório
Discutindo em meio ao refeitório

Apontando incompetências
Sem perder a compostura, mantendo as aparências

Derrubando as migalhas
Lutando com palavras, ambas em confronto na batalha

Tudo brincadeira
Tudo diversão
Acaba com uma simples risada
Pondo um ponto, um fim na discussão

Dia na praça

Vejo a sombra engolir a praça
O doce vento do verão
Refrescando todos aqueles
Que se escondem da escuridão

Os transeuntes transitam pelas pedras desordenadas da praça
Saindo de seus empregos; percorrendo os retângulos
Degustando de suas taças; abraçando-se em pranto

A estátua a Osório me observa
Avaliando minha escrita
Avaliando minhas ações
Observando aqueles que insistem nas discussões

Loucos louqueando
Gritam em meio ao silêncio
Desarmonia com a flauta a tocar
Desarmonia com o poeta a pensar

Imagino cenas ao tocar

Sento em frente a meu piano
Respiro fundo, fecho os olhos
Imagino uma cena
Um pequeno ato
De uma mente
Momentaneamente
Serena

Caminho rumo a um colégio
Encontro um piano no caminho
Um piano sem pianista
Logo em frente aquela
Feia banca de revista

Olho para os lados
Ninguém a me olhar
Sento e inicio uma melodia
Antigas canções desconhecidas
Pobre maioria

Executo
Uma
Duas
Três
Cinco
Várias

Paro
Olho em volta
Uma multidão estava me admirando
Ouço suas palmas
Travo

Faço-me de mudo
Afinal
Naquele momento atroz
Eles estavam escutando minhas mãos
Não o som de minha precária voz

Botas

Hora de levantar
Calçar minhas botas
Embainhar minha espada
Arrumar minha capa
Endireitar meu chapéu

Há quem me chame de Misterioso
Há quem diga que eu sou débil
Alguns dizem que sou desastroso
Mas não passo de um simples gato

Honro aqueles que me respeitam
Admiro aqueles que lutam
Cada um com prazeres ocultos
Desejos adultos

Criar um pátio com rosas selvagens
Para que toda manhã eu possa sentir o aroma
Para que todo ano eu possa colhê-las
Entregá-las à quem amo

Transformar todos meus sonhos em realidade
Simples ato reflexivo
Tudo é mental
Caminhar enquanto o impossível se torna possível

Lutar contra minhas sub-personalidades
Ganhar batalhas ocultas
Mostrar o quão forte são meus guardiões
Guerreiros fiéis, eterna gratidão

Caminho pelas ruas de Carabás
Enfrento o desconhecido
Um gato destemido

Não me perco pelas rotas
Não se esqueça de meu nome
O Gato-de-Botas

Retiro 3ºB

Acho que a única frase que eu precisaria dizer para todos do 3ºB é essa: "Eu não quero dar tchau para vocês". Abracei todos que compareceram no retiro e cada abraço foi sincero, mostrando o quanto eu quero cada um perto de mim. Mostrando a dor de ter que se separar de uma família. Mesmo não tendo acabado eu já sinto falta, mas sei que muitas aventuras e muitas bagunças ainda virão. Afinal, o 3ºB só vai morrer quando todas as fotos forem queimadas, todos os vídeos apagados, todas as lembranças esquecidas e todas as amizades dissolvidas. Ou seja, nunca.

Sei Lá

Dezoito anos... Mais um ano vivendo aventuras esquisitas e sem sentido. Corpo com dezoito, mente com oitenta e espirito ainda com dezessete... É, ainda viverei muitas aventuras.

Quatro situações, quatro ligações

Ensaio diálogos que nunca existirão
Preso antes de dormir penso em situações
Acontecimentos com baixa taxa de concretização
Uma forma de sonhar

Ao lado do silêncio
A melhor forma de eloquência
Ao lado do tempo
Esperando uma brecha
Em meio a dimensão
Criando em meio ao vácuo

Minha existência
Uma dependência
Trabalhos terapêuticos
Rindo das paredes

Contar o que os outros não devem saber
Ser da forma que os outros querem
Pensar da forma que os outros pensam
O dia que acontecer, estarei muito longe
Lutando contra a normalidade, contra a banalidade
Rindo dos coitados que se acham especiais por serem iguais

Hoje ganhei um presente

Um pequeno ato inconsciente
Uma torrente de esperança
Me pergunto se deveria cultivar
Apostar tudo, simplesmente acreditar?

Todos tem uma chance
Acredito, Projeto, Atraio, Recebo
Quatro situações
Uma lei
Às vezes um sofrimento
Às vezes, um nascimento

Um simples objeto
Fútil para outros olhos
Para mim, possuidor
Um enorme significado

Iludindo-me
Eis a questão
Uns dizem que sim
Outros dizem que não

Tenho minhas dúvidas
Segredos são escondidos
Algum dia se esclarecerão
Ou ficarão guardados
Até que a hora certa chegue
E o segredo se revele

Seres Poderosos De Personalidade

Lobos que uivam durante a noite.
Lobos que se curvam perante a Deusa.
Lobos que contemplam a lua.
Em sua forma mais linda, nua.

Ondinas que contralam a água.
Ondinas que purifacam a alma.
Seres emocionados que cantam.
Em lagos rios corais.

Salamandras que controlam o fogo.
Salamandra que transformam em cinza.
Seres que vivem no éter.
Invisível elemento fogo.

Silfos que controlam o ar.
Silfos que vivem nas mais altas montanhas.
Seres de sentidos aguçados.
Que se reúnem em torno dos, sonhadores, mais amados.

Gnomos que controlam a terra.
Gnomos que constroem o físico.
Seres que controlam a ganância e valorizam a perseverança.
Seres que vivem em residências, portas e dispensas.

Poema antigo, desenterrado por vontades maiores.

24h

Vinte e quatro horas
Tempo que me separa
Um acontecimento no passado

Em seus braços eu estava
Em volta de seu corpo
Tocando tuas mãos
Tocando teu pescoço

Nervoso me encontrava
Não sabia, não sei
O que fazer
O que pensar

Pouco diálogo
Total compreensão
Esperanças no futuro
Um pouco inseguro

Saudades
Aguardando estou
Novas aventuras

Homens da Taberna

Os grandes poetas permanecem nas tabernas
Vivenciando atos incompreendidos e invisíveis para a humanidade
Álcool, taças, traças, pequena grande bebedeira

Versos criados enquanto emoções se rebelam
Cavalos cavalgam selvagemente em cima das comidas
Fome que sacio ao criar este conjunto de letras
Emaranhado de ideias e gestes incompreendidos
Conjunto de sons articulados que ecoam no vácuo de meus pensamentos

Fujo da realidade através desta taberna
Fujo dela repetindo o caos que vivo em meu papiro
Fujo comendo e bebendo, perdendo tempo com o que gosto
Escapismo

Mármore gelado que encontra o meu tato
Aroma precioso que morre em meu olfato

Pessoas entram e saem, me olham
Não me compreendem
Podia estar trabalhando em algo mundano
Prefiro ver o tempo correr e sobre isso escrever

Em breve todos enterrados estarão
Nas areias do tempo
Afundados em um caixão

Mas meus versos intactos estarão
Sendo traduzidos, apreciados, compreendidos, queimados
Grandes mestres me inspiram
Futuros poetas me admiram

Esqueço que sozinho cá estou,
Neste ambiente gelado
O gás de minha bebida,
levemente fermentada
Estoura em meu corpo
Luzes baixas reconfortantes
Mais uma noite
Um encontro de amantes

Tarde
Hora de fechar.

Aleatório

Os encontros mais importantes já foram combinados pelas almas antes mesmo, que os corpos se vejam.
Paulo Coelho

Induzido

Meus pensamentos se misturam
Com meus sentimentos
Coma.

Paraninfo (padrinho)

Muitos artefatos arrecadei durante o ano
Jogo de video-game, Livros com finais letais
Pedras preciosas e Instrumentos musicais

Nenhum deles se compara a um presente
Que tomou forma há alguns meses e
Dia 28 se consolidou

Hoje um cargo foi herdado
Não me tornei rei
Mas fui presenteado
Me tornei um guardião
Um protetor, um grande defensor

Reino-Animal [inacabado]

Algumas espécies de animais voam, sem rumo, sem direção.
Algumas espécies de animais afundam, sem motivação.
Outras espécies de animais se jogariam de um prédio
E por fim, muitas espécies de animais se suicidariam com uma caixa de remédios.

Algumas espécies são verdes, outras roxas, quem sabe, cintilam
Algumas espécies voam, nadam, correm, pulam, morrem
Outras espécies se jogam, mordem, matam, saltitam
E por fim, muitas espécies acabam por acabar, antes de começar

Algumas espécies mostram uma beleza indecifrável
Algumas espécies tocam a lua, olham para o sol
Outras espécies quebram seus bicos, arrancam suas penas
E por fim, muitas espécies se escondem em rochas, para não verem algo tão lamentável

Algumas espécies emitem sons agoniantes
Algumas espécies nadam rápido, pensam rápido, fogem rápido
Outras espécies tem medo destes animais
E por fim, muitas espécies fogem ao ouvir o seu gemido

Algumas espécies não compreendem sua vida
Algumas espécies correm em apenas uma direção
Outras espécies esperam sua comida chegar, apodrecida, ao pedaços, talvez
E por fim, muitas espécies disputam o mesma presa, a mesma carne, o mesmo destino.

Muitas espécies são endeusadas
Algumas espécies são contempladas
Outras são apenas reconhecidas
E por fim, poucas são como asgatas

Algumas espécies suportam o frio
Algumas espécies não conseguem voar
Outras espécies nadam para sobreviver
E por fim, muitas espécies deixam os pais para os filhos proteger

Algumas espécies morrem no inverno
Algumas espécies são envoltas por lã
Outras espécies são dizimadas por carnívoros
E por fim, muitas espécies tentam sobreviver como herbívoros

Algumas espécies habitam lugares, antes, inabitáveis
Algumas espécies procriam para se salvar
Outras espécies são levadas para outros continentes
E por fim, muitas espécies são mortas por falta de controle

Algumas espécies são pequenas
Algumas espécies possuem conhecimento à ensinar
Outras espécies devoram plantações
E por fim, muitas espécies têm algo a ocultar

Algumas espécies constroem suas casas
Algumas espécies erguem muralhas para a água conter
Outras espécies criam saídas submersas
E por fim, muitas espécies gastam suas vidas para a muralha não romper

Algumas espécies deslizam por aí
Algumas espécies carregam suas casas, nem aí
Outras espécies para brincadeiras vão servir
E por fim, muitas espécies nenhum som podem emitir

Algumas espécies tendem a se esconder
Algumas espécies se camuflam para algo comer
Outras espécies são cegas ao andar
E por fim, muitas espécies possuem veneno para matar

Algumas espécies tem nomes difíceis a pronunciar
Algumas espécies misturas são de outras eras
Outras espécies são mamíferos, mas ovos vão botar
E por fim, muitas espécies incompreendidas vão ficar

Algumas espécies garras e dentes possuem para se auxiliar
Algumas espécies seu couro e ossos os humanos vão arrancar
Outras espécies perseguirão criaturas serelepes
E por fim, muitas espécies terão sua carne colocadas em garepes

Máscara, Quando perderá?

Quantas faces tens a me mostrar?
Quais mentiras contas a ti?
Quantas máscaras você carrega?
Quando mostrarás tua verdadeira forma?

Caminhamos pelo inconsciente
Passos largos
Reações inconsequentes
Que caia tua máscara

Sofrimento oculto
Diga-me quem você és
A procura de um sentido
Mostre-me sua face
Mundo vencido

Data inválida
Choras por dentro
Ninguém vê
Cobres com a máscara

Não conhece a ti
Não conhece os outros
Não sabe o que fazer
Muito menos responder

Quando perderá
A pequena máscara
Que insiste em carregar?

Sweet Dreams

Fogos brilhando pelo céu
Todos olham pra cima
Uma nova década
Novos motivos
Novas idealizações

Um por um
Gritam frases descontraídas
Ninguém se conhece
Todos amigos
Curtem o agora

Verde, vermelho, roxo
Corações, esferas, colunas
Felicidades, metas, segredos
Merda

Nada acaba
Mais um ano
Uma década
Mudança
Continuação do infinito

MMX acaba
MMXI começa
AZK retorna
P.K. muda

Palavras difíceis?

Enquanto mundanos profanam assuntos interessantes
Eu crio textos para tentar expressar minha humilde vida bucólica.

Alguns amigos tentam me mostrar o quão difíceis são minhas palavras
Acredito que não sejam culpa das letras ordenadas
Mas sim a capacidade de reflexão do leitor que está na frente do monitor

Ler as letras ordenadas que compõe um livro é muito difícil
Então, suponho que ler um punhado de  palavras, ditas, brilhantes
Seja o mesmo que ter seu corpo jogado nos mares da Eritreia

Natureza e Alma

As almas que vivem dentro das árvores
Choram pela destruição de seus corpos e lares
Quanto tempo as almas ainda irão sofrer?
Algo impede o homem de pensar
Destruindo tudo a sua volta

[vini]
Pássaros negros que voam rumo a lua
Levem consigo toda esta amargura
Alguns dizem que almas não sentem
Infelizmente, para mim, eles mentem
[/vini]

Plantas que rastejam pelo chão
Carreguem consigo as almas que aqui ficaram
Porque erraram ou por não terem paciência
Quantas almas impuras estão entre nós?
Algo impede o homem de viver
O que está a acontecer?

Lamento que toda a natureza tenha de morrer
Por um mal que habita a alma dos vivos
E só é curado após a morte
Infelizmente, é muito tarde

O Passado