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Um alvo.

Felicidade,
Cercada de inveja
Não se pode vê-la em ação
O desejo de se ter toma conta
Incessante no admirador em questão
Ele toma para si a vontade de encerrar
E acaba pela felicidade alheia enterrar

Felicidade
Uma conquista.

Felicidade
Um alvo.

Mais uma rodada.

Uma dupla confusão
O medo de magoar
A vontade de executar

Como conter tamanho desejo?
Como repreender tamanho prazer?

Não há sentimento
Apenas a vontade de agir

Sou de alguém e este alguém me tem
Não é como mentir, mas apenas permitir

Não nego tal anseio
A vontade de repetir a dose, 3, 4 ou mais

Foi uma conquista
Não me importa o resto
Sei o que sinto, o que quero ao além
Mas essa diversão me enche de lembranças
Me enche de lembranças de certo alguém

Não sei se é certo, se devo assumir
Só sei o que quero repetir.
- Garçom, outra dose por favor!

inFeliz

Gostaria de conseguir escrever nos momentos felizes
Escrever tanto quanto escrevi no momentos tristes
Ter a inspiração que tive em meio as cicatrizes
Ter o proveito que tive junto aos infelizes

Este fora meu pensamento
A maior bobagem que já pensei

Sou um escritor
Sou músico
Um poeta
Sonhador

Escrevo aquilo que vivo
Vivo aquilo que escrevo

Uma via de duas mãos
Basta estar paciente
Para que a inspiração
Surja de forma aparente

Sonhos e pesadelos - De tijolo a castelo

Como poderia alguém se importar com um ser como este?
Como poderia crer que dará certo com um ser como este?
Onde está sua esperança e força de vontade para um futuro melhor?
Saia de perto dele, não há nada a ganhar, se afaste de um ser como ele.

Eu não me importo
Podemos passar fome
Podemos sofrer com o frio
Termos que roubar
E tomar banho no rio

Podemos ir a falência
Cair no buraco mais fundo
E perder a sapiência

Mas não importa, não há um critério
Pois, com um ser como este
Construiremos um império

O ataque louco das baratas demoníacas

Era noite
As cortinas balançavam e vento assoviava

Eu estava sozinha
Fechada em meu quarto, adentrando a madrugada

Tudo estava calmo
O relógio tiquetaqueava e ao vento balançava

Era minha noite de lazer, minha noite de sossego
Mas tudo mudou, quando ela atacou

As patas peludas
De pura podridão
As asas demoníacas
Reproduzindo o trovão

Do seu canto ela atacou
Voando ao meu redor
Calculando sua trajetória
Planejando a vitória

Sozinha e sem força
Encolhi-me em minha cama
Chorando como uma criança
Sem um pingo de esperança

Ela emitia sons em meio ar
Não havia como tudo piorar

Pela janela pouco aberta
Novas amigas se juntaram
Circundando minha cabeça
Observando minha beleza

Direcionando o corpo
Subindo em meu tornozelo
Percorrendo meu braço
Andando em meu cabelo

Que triste fim
Coberta e sem ar
Sufocada por toneladas
Em cima de mim

Inspirado na história de J. Roth. [a.k.a - Juke]

Sequelas de um passado.

É como estar sempre com uma pedra no sapato
Mas nunca se importar

É como ter certeza que com o convívio irá se irritar
Mas sempre perdoar

É estar sendo perseguido por algo que não se vê
Convivendo com algo que de fato se prevê

É ser atormentado pelo passado e massacrado pelo futuro
Criando ideias e hipóteses que o tornam obscuro

É ser movido por um sentimento abstrato sem espaço a reflexão
Apenas convivendo com aquele que alimenta a confusão

Um novo eu.

Pequenos atos e uma mudança profunda no ímpeto de uma pessoa
São coisas normais para outras pessoas, pequenas ações que julgam ser comuns
Mas que para mim foram coisas novas, de extremo significado

Estou feliz com o resultado
Estou feliz com a história a ser contada
Não por um certo número
Mas por uma certa liberdade

Liberdade
O "Foda-se"
O "Só vai"
O "Parar de se importar"

Este sou eu no momento,
Alguém livre de preocupações,
Alguém alheio as distrações

Chuva chovida

Chove chuva chovida
Chovendo a chuva da alma vivida
Chuva de chuvas chovidas
Chovendo a chuva das águas perdidas

Chove chovendo as chuvas chovidas
Chovendo a chuca da vuca chuvica
Chove chovendo a chuva das chuvas
Chovendo a chuva das chuvas vividas

Cópia é morta

Hoje eu tive um sonho
Um sonho em que tudo acontece de cabeça para baixo
Um sonho que se transformou em uma tortura
Deixando todos, de certa forma, calados, imóveis, parados

Hoje ele morreu
Morreu por vontade do destino, nada tinha a executar
Morreu feliz, junto dos amigos, junto da diversão
Caiu de trinta e quatro andares, ao encontro do rijo chão

De ilusões

Vivo com base em uma esperança decadente
Convivendo com personas que julgo atraentes
Iludindo-me em prol de uma pseudo relação
Evitando, de fato, um caminhando de atuação

Perco-me entre pensamentos e formas de agir
Imobilizo-me, estático, sem saber como sair
Gasto tempo dialogando com as novas formas
Testando existências de novas plataformas

De caráter doentio
Conviendo com o eu
Morando no vazio
Enfrentando o sandeu

Sinto saudades

Sinto saudades de tudo aquilo que vivemos
Do passado repleto de ensejos e do futuro repletos de desejos

Sinto saudades dos sorrisos vividos
Dos olhares pervertidos e dos gestos corrompidos

Sinto saudade dos ensaios
Das palavras faladas e das músicas cantadas

Sinto saudade de ti por inteiro
Sinto saudade...
Sinto falta...
Sinto falta de ti por inteiro.

E se a vida fosse assim? Como ela é, mas sem ser como deveria não ser.

E se a vida fosse apenas uma dança não dançada
Uma coreografia perfeita, exaustivamente ensaiada
Que no fim, ao palco, foi apresentada para o nada.

E se ela fosse uma peça sem atores
Com o roteiro atirado sobre o palco
As cortinas entre abertas, tapando o cenário
E o banheiro, com luzes acesas, repleto de talco?

E se fosse um diálogo sem sentido
Uma conversa entre o nada e o ninguém
Um caminho sem caminho
O algo indo em frente, seguindo o além

E se fosse apenas
Uma dança não dançada,
Uma peça não encenada,
Um diálogo não entoado,
Um mero caminho não desvendado

Mundos entre mundos

Em que mundo nós vivemos?
Em qual deles somos mais felizes?
Esta é a pergunta que me faço
Desde que entrei num mundo em colapso

Pergunto-me por quanto tempo eles durarão
Cada um, dentro de mim
Uma semana, dois meses, três dias, enfim
Uma eternidade que nunca se perderá na eterna imensidão

Duram o tempo que tiverem de durar
Mas, ao fim, sempre me avisam, com uma placa a brilhar

"Nós sempre existiremos, basta você querer, basta você lembrar."

Que nunca acabará

Tantas coisas poderiam ter acontecido
Mas, por um cutuco do destino, nada aconteceu

As coisas poderiam ter sido diferentes
Mas, por um jogo de azar, tudo se perdeu

Vivemos em um mundo perecido
Coberto de falsas esperanças
E atirado àqueles que já perderam a confiança

Ensaiamos diálogos para um futuro incerto
Imaginamos as cenas como se fosse uma peça
Mas no fim, nada sai como o planejado
Tudo vira um improviso, sem cenário enfeitado

Tudo é uma grande mentira, uma grande piada
Com as pontas largadas e as armas já fincadas

Um combate, uma cena, uma história que nunca acabará

Solidão em vida perdida

Os dias passam com voracidade
Comendo tudo aquilo que restou de mim
O tempo cavalga com severidade
Cortando tudo aquilo que contruí para um fim

A solidão engole tudo aquilo que nela toca
Se perdendo em um mar de agonia
Delirando em uma enchente de pesadelos
Vivendo as mágoas de uma vida perdida

O mundo sem alguém vive gloriosamente
Matando aqueles que restam
E afastando aqueles que teimam e protestam

A solidão é o que nos aguarda
O triste frio sem companhia
Errando o alvo, iludindo-se com o destino
E para que?
Para no fim tudo parar, a terra tremer e o corpo, enfim, morrer

De volta ao poço

Não sei até onde posso avançar
Quantos passos posso realmente dar
Até cair
Até tombar
Colidir com o duro e frio chão
Acabar, novamente, com aquela eterna solidão

Entre pessoas suicidas

Facetas indignas daqueles que às expressam
Como viver entre aqueles que mentem para nós
Como aturar vontades alheias daqueles que gritam a sós

Telas brancas a serem pintadas
Pessoas com mente fraca
Atiradoras de culpa
Fortemente influenciadas

Viver entre aqueles que não sabem o que querem
Morar entre aqueles que não sabem como querem
Entre vontades não vividas
Entre pessoas, um tanto, suicidas

Aqueles que vieram me ver

Luzes na face
Branca imensidão de nada
Onde estará aqueles que vieram me ver?

Cabos os pés
Doce reboliço da carne
Onde estará aqueles que vieram me ver?

Batidas descompassadas
Desafinação, em leve, afinada
O som, a corda, enfim, o nada

Martelos a bater
Luzes a reverberar
Cordas a tremer
Harmônicos a ressoar

Minutos de anseio
Procurando a perfeição
Esperando um simples gesto
Para saber se, enfim,

Presto!
Adagio!
Allegro!

Corre!
Lento!
Rápido!

Letras!
Folhas!
Troca!

Bolhas!

Arpeggio.
Fim.

Onde estará aqueles que vieram me ver?

[Pausa]
[Palmas]
[Forte]
[Calma]

Onde estará aqueles que vieram me ver?

Triste

Envolto em memórias de um passado amargo
Escuro e assombroso, repleto de demônios
Criaturas aladas e fantasmas no encargo
Relembrando tudo aquilo que um dia eu matei

Sentimento de angústia, de tristeza
Sentimento de solidão, vivendo na pobreza

Sem vontades, sem ambições
Sem ter pelo o que lutar
Novamente
Perdido entre mundos que sismo em criar

Vagando entre cadeiras complexas
Estudando durante horas, sem sair do lugar
Triste por não conseguir
Triste pelos "não's"
Triste pela falta de pequenos atos
Triste por todo este fardo

Mas, ao mesmo tempo, alegre
Alegre por pequenos atos
Alegre com poucas palavras
Mas no rosto, sempre a mesma expressão
A cara de alguém, que está de volta a depressão

De Jane à Juke

De brigas em brigas
De brigas intrigas
Discutindo o aleatório
Discutindo em meio ao refeitório

Apontando incompetências
Sem perder a compostura, mantendo as aparências

Derrubando as migalhas
Lutando com palavras, ambas em confronto na batalha

Tudo brincadeira
Tudo diversão
Acaba com uma simples risada
Pondo um ponto, um fim na discussão

O Passado