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Cá estou em minha cadeira pensando nos fatos da vida.

Há tempos não escrevo algo decente, condizente com minha realidade.
~Qual realidade? Aquela que penso viver ou aquela que imagino?~
Minha perda de interesse nos fatos mundanos me distanciam dos momentos de sanidade

Fico sentado me distraindo com códigos binários e fugindo do, dito, real; aliviando as tensões causadas pela falta de interesse no futuro e adjacentes.
Perco-me entre um emaranhado de palavras escritas em tinta de baixa qualidade estampadas na capa de um livro alta capacidade.
Devaneio entre pensamentos incoerentes e insanos, repleto de sonhos complicados de acontecerem, talvez por não ter tempo, talvez por ser incapaz.
Esfrego os olhos na tentativa de dissipar algumas lágrimas, tentando me livrar de incomodações que sismam em me perseguir; problema minaz.

Abraço travesseiros na tentativa de aliviar a falta de um prazer carnal
Imagino situações com certo alguém, na tentativa de um prazer imaterial
~Carência, lembranças de um passado~

Fico me perguntando quando tudo mudará, mas como isto há de acontecer se não tomo as devidas atitudes?
~Como se faltasse vontade. Como se faltasse competência. Como se este fosse meu último dia de chuva. Como se este fosse meu último dia de vida. Como se eu portasse uma passagem só de ida.~

Sei lá né.

Hoje, ao levantar após uma explosão em REM, fui até a janela e vi o sol inundar a cidade em minha frente. Lembrei-me de todo este ano, acordando antes do Astro Rei para ir à uma sala sem janelas, apenas com ares-condicionados.
Quanta coisa eu já perdi por ter tido esta escolha? Quanta coisa já deixei de viver devido a escolhas? Ganho uma coisa, mas perco outra.
Os carros transitavam com velocidade pela avenida. Pessoas ocupadas, focadas apenas em chegar ao trabalho, ou voltar dele, ou qualquer outro objetivo. Eu perco um mundo indo para onde vou. Perco uma vida em movimento. Perco o nascer de novos prazeres e metas. Perco a vontade de continuar vivendo. Até porque eu fico toda a manhã dentro de um retângulo, me divertindo na internet e nos mundos particulares.
Mas acho que, depois de hoje, encontrei um desejo.
Quero acordar cedo e ver a cidade se levantar, vê-la acordar. Para depois, tranquilamente, me arrumar e sair rumo minhas metas, rumo aos meus sonhos, rumo minhas vontades.

Decisões

Sonhos mudam
Um novo labirinto
Novas paredes
Novas metas
Decisões precipitadas
Medos coerentes
Uma nova depressão
Uma nova reflexão

Tudo que existe, e existiu, surgiu na forma de um sonho

Às vezes eu penso que meus sonhos são impossíveis de alcançar. Como se tudo estivesse fora de meu alcance, ou precisasse de um tempo maior para ser feito, algo que eu não tenho.
Outubro já está chegando e isso só me apavora. Tenho tocado piano, assim como tenho mentido para mim. Não acho que eu esteja em um nível, relativamente, bom para passar na prova prática e cursar a faculdade de Música. Tudo bem que eu tenho uma segunda opção, mas é complicado. Muito complicado. Não sou obrigado a passar de primeira, mas sofro com a pressão psicológica exercida sobre mim. Pressão que eu mesmo me imponho. Isso me destrói.
Mas, tudo na vida surgiu como um sonho, não? Bem, resta-me sonhar e continuar tentando/mentindo para mim.

O quanto cresci

Às vezes olho para trás e revivo meu passado
Um eco distante, uma dor seca, um urro abafado
Revejo cenas que a muito tempo esqueci
Memórias distintas, que envolvem a mim e a ti

Olho para o parque onde brincava
Estado catatônico, sofrimento involuntário
Medo e saudade daquilo que perdi
Triste forma de saber o quanto eu cresci

Lembranças da qual sou proprietário
Organizador de um inóspito santuário

Sufocado entre os reais
Ineptos, falta de aptidão
Sufocando os desleais
Desligando a conexão

Esquecem-se de coisas simples
Esquemas delirantes de vida
Acreditam estarem felizes
Um caminho só de ida
Rumo a perdição
Rumo ao esquecimento
Rumo ao desdouro de um alheio

Esta casa me destrói

Isso só pode ser um evento cíclico. O Erguer, reorganizar as energias. A Queda, a perda de tudo.

Silêncio

Assuntos mundanos inundam a viatura
Ideias desprovidas do mínimo de cultura
Discussões inocentes sem fundamentação
Simples comentários que incitam a discriminação

Talvez esteja no DNA?
Talvez seja uma simples doença?
Será que pode ser tratada?
Ou, quem sabe, até herdada?

Comentários que, talvez, ferem um alguém
Palavras que, profanadas pelo ser,
Deveriam em silêncio permanecer

Mas como poderiam eles adivinhar?
Que um afetado pelo tópico abordado
No banco de trás está a se calar

Ingrato

Quando algo que possuí e guardas com o maior respeito é tirado de você, a pessoa, que cometeu tal ato, não pode se dar o luxo querer que olhes para ela com respeito.

Me chamaram de ingrato por isto.

Posso ser. Talvez eu esteja agindo de forma irracional. Talvez eu devesse entender os motivos que levaram a pessoa a fazer tal atrocidade. Não. Talvez.

Não consigo mais olhar em seus olhos. Respostas curtas. Não consigo mais conversar. Desvio de olhar.

Sinto raiva. Ódio, quem sabe. Como perdoar alguém que te tirou uma das poucas coisas que mais presava dentro de casa?

Preciso sair daqui. Este quadrado, esta coisa que chamam de casa, não me sinto mais parte desta coisa que, há anos, teimam em chamar de família.

O mais interessante será quando, semana que vem, esta coisa voltar para mim, que sabe. Não conseguirei perdoar, pois, caso volte, será pelo fato de eu ter incomodado o suficiente para isso, e não por vontade deles.

Afinal, mesmo com tudo o que eu ganho, sou um ingrato.
Afinal, o dinheiro é o maior bem que podem me dar nessa casa.
Felizmente tenho meus amigos que, ao invés de presentes, me dão abraços e carinho.

Minha família não está neste quadrante
Ela está espalhada pelos bairros
Longe destes meros ignorantes

Paredes do inconscientes

Um arquiteto do inconsciente
Um mero devaneador

Construtor de uma realidade
Discórdia de um escritor

Dizem que meu mundo não existe
Dizem que vivo uma farsa
Vivo entre a falsidade
Vivo uma vida de ansiedade

Como podem julgar minha realidade como falsa?
Como podem questionar as minhas crenças?
Nunca obriguei vocês a me entender
Mas nem um pouco de respeito vocês podem empreender?

Não tento converter vocês à minha religião
Não tento obrigar vocês a compartilhar de minha imaginação
Não tento fazer vocês acompanharem o meu caminhar
Então por que continuam a me magoar?

Faço parte do povo grego
Compreendedor da ciências
Compreendedor da religião
Deixem-me assim
Não quero ser um racional
Com medo da imaginação

Que mundo chato este seria
Um mundo em preto e branco
Um mundo sem magia

Que mundo chato este seria
Sem meus dragões
Sem meus duendes, gnomos, anões

Deixem-me sonhar
Deixem-me imaginar

Se não gostas
Afaste-se
Se gostas
Aproxime-se

Só não repita os erros
Não seja como os outros

Erros

Como se errar fosse um crime
Como se não pertencesse ao regime

Como se a morte me esperasse
Aguardando o próximo passo em falso

Como se o mundo desabasse
Como se a vida acabasse
Como se o peito estufasse
E o coração parasse

Como se as ideias terminassem
Os cabelos embranquecessem
Os olhos enegrecessem
E a alma transcendesse

O fim de uma era
Culpa de um erro qualquer

Labirinto de sonhos e loucura - parte dois - O Duelo

Kunquat: Pegarei minhas armas e destruirei as paredes que sismam em me cercar; e, caso não haja saída, usarei todos meus recursos e criarei uma.

Guto: E quem sabe o que há por trás destas paredes?

Kunquat: A vida é uma noite escura, ninguém sabe o que acontecerá ao dar mais um passo. Por isso que ela é interessante.

Guto: Se nós soubéssemos, que graça teria? Se não existissem as perguntas ninguém descobria as respostas que nos formam no presente. É o sentimento de incerteza que nos mantém alerta, ele que nos mantém vivos.

Kunquat: O mundo não existe para frente, apenas para trás. O que há em nossa frente é um mistério, uma incógnita devido ao escuro, ao borrão que se faz presente. O que há para trás é o iluminado, o caminho já traçado, o conhecido. O maior problema da vida é ficar parado, esta não é uma opção. Quando parados, nossa mente transita por estes dois lados, o escuro e o iluminado, ela mistura as cores, enlouquecendo o corpo e a psique. Nossa mente nos traí. Por isso não podemos parar, devemos sempre perguntar e traçar um novo caminho.

Guto: Ficar parado a beira de um passado de traumas é a receita para a loucura. O tempo nunca para, mas algumas pessoas param o tempo. Estas pessoas param de evoluir enquanto uns aproveitam para apagar antigas marcas, criando novos momentos, nem que sejam momentos que, quando unidos, criem uma nova maneira de viver. Estas que aproveitam o tempo redescobrem-se, vivem uma nova vida, novas ideias, descobrem um sorriso ao acordar toda manhã. Um sorriso de esperança de alguém que perdeu este sentimento há muito tempo.

Kunquat: Somos como uma Fênix, não importa quantas vezes tombemos, sempre renasceremos de nossas cinzas, de nossos traumas. Renasceremos mais fortes, com mais coragem, com mais determinação. Renascemos para re-enfrentar o mundo, para re-encontrar as belezas perdidas entre as nascentes caóticas e as paisagens bucólicas. Renascemos para voltar a sorrir, talvez em um ciclo individual, talvez em forma de um casal.

Guto: Nunca é tarde para darmos uma nova chance quando podemos aprender com os erros do passado. Não precisamos de um motivo para acordar toda manhã, mas precisamos saber que podemos encontrar um, um sonho ou um alguém. Sempre é tempo de recomeçar a busca por sua razão de vida, pelo que vai te fazer feliz. Não importa quanto tempo dure, pode ser entre dias quentes, semanas chuvosas, ou nas piores semanas do inverno, quando você se sente sozinho.
Saiba que não vai se arrepender de continuar lutando para criar sua nova história e contribuir para as histórias paralelas. Já que, mesmo não estando em um relacionamento, não estamos sozinhos, sempre podemos encontrar apoio para que continuemos todo dia com esta exaustiva tarefa de viver, guardando todas as memórias felizes que vivenciarmos. Junto, é claro, dos momentos tristes, pois a vida é como uma tempestade, sempre há um lindo nascer do sol após as trevas.

Kunquat: Por mais que erre os diálogos em cima do palco, por mais que a tempestade arranque parte de suas posses, o publico sempre aplaudirá, e a calmaria sempre aparecerá. Momentos turvos precedem a calmaria. Dor e agonia serão substituídos por amor e alegria.
Sempre estaremos aqui, renascendo das cinzas, quebrando as paredes, erguendo-se da loucura, esquecendo os traumas e esperando o sol nascer. Sempre teremos outra chance, talvez agora, talvez depois, mas não se esqueça, não fique parado, ainda há muito o que explorar.

Labirinto de sonhos e loucura

Sigo por entre paredes ásperas e estreitas. Paredes que me apertam, que se apertam, que me aterrorizam, que despertam minha loucura. Labirinto complexo, repleto de armadilhas, conquistado pela escuridão, escravo de algo intocável, caos.
Sento-me em um canto, encolho minhas pernas, olho por entre o escuro, respiro fundo. Minha mente vagueia entre paredes de dor, paredes de lama, paredes de martírio. O tempo não passa, o espaço não muda, tudo muito novo, tudo muito diferente. Algo fora de costume, algo com o qual eu não estou preparado para enfrentar.
Barulhos ecoam, inimigos caem, amigos tombam, como sei quem estou acertando? Como saber onde minhas flechas irão parar? Eu não tenho controle, eu não tenho mira, é indomável, não tem como entender.
Meus olhos se fecham, estou perdido neste labirinto, entre paredes ásperas, entre sonhos e devaneios. Uma guerra já perdida, mas com um ponto de esperança. Posso ser o único vivo, posso ser o único louco, posso ser o único sadio, posso ser mais um morto.
Não tenho como fugir, não tenho como correr, problema interno, paredes cerebrais. "Eu" contra "Eu", como saber quem ganhar? Em quem devo apostar? O "Eu" ganha, o "Eu" perde, faca de dois gumes. Um golpe, dois mortos.

Rotina

Acordo
Espreguiço-me
Pisco
Olho ao redor
Penso
"Merda"

Levanto
Espreguiço-me
Me encolho
Tremo
Penso
"Frio"

Caminho
Abro a porta
Acendo a luz
Miro o espelho
Penso
"Poutz"

Viro
Giro
Entro
Molho-me
Penso
"Quente"

Seco-me
Bocejo
Visto-me
Caminho
Como
Volto
Escovo
Calço
Caminho
Bato a porta
Penso
"O que eu fiz desde que acordei?"

Medo do Futuro

Vivo com um medo natural
Algo que me persegue há um tempo
Ponteiros de um relógio não podem marcar
Apenas minha alma pode cronometrar

Temor de eventos que ainda não aconteceram
Medo por não ter como fugir
Tudo está dentro mim
Impossível encontrar um fim

Existência que há de seguir a atual
Linhas de tempo
Linda dimensão

Um destino traçado
Qual sua extensão?
Até onde você alcança?

Tudo premeditado
Vida como um livro
Como seria bela a vida
Se tudo já estivesse profetizado

De futuro
Para o Futuro
De agora em diante
Num tempo que ainda há de vir

Diferentemente anormal

Cá estou para dividir minhas lamentações
Falo com aqueles que me escutam
Aqueles que me compreedem
Que não julgam a minha realidade

Não critico tada a raça, tada a civilização
Não gostaria que todos pensassem como eu
Nunca desejaria que o típico fosse o normal
Só questiono o por que de tudo ser sentenciado

Anormalmente normal
Diferentemente comum

Alguns me entendem
Estes me escutam
Juntos agimos
Mudamos um mundo com ações previsíveis

Mas como mudar algo que sabemos que não mudará?
Simples, falemos com aqueles que não sentenciam o sentenciado.

Preso em um quadrado de memórias homicidas

Cercado por paredes brancas
Não há chão, não há teto
Não crio raízes
Minha imaginação voa

Arames farpados impedem minha saída
Escapo por aberturas maiores e menores
Mas há quanto tempo estou aqui?
Será que já virou rotina?

Lembro de um tempo que não era tempo
Sentimentos
Vivendo uma vida que não era vida
Devaneios

Lembranças de um passado inconcreto
Sufocam-me, apagam-me
Sequestram-me de um mundo em perdição
Não tenho como ser discreto

Grito em meio a penas de gansos
Fujo de algo que vive dentro de mim
Resgato, revivo, choro.

Preso entre quatro paredes
Tentando suicídio sem o chão
Revivendo minhas emoções perdidas
Convivendo com memórias homicidas

Um ser programado para a auto destruição

Um ser complexado
Vivendo ilusões incontroláveis
Morando em um mundo de devaneios
Conclusões precipitadas

Este ser que toma forma
Reflexo de um espelho
Completo de emoção
Poucas gotas de razão

Morte emocional
Suprimindo a realidade
Habitando o mundo dos sonhos
Voando com certa liberdade

Em meio a um apagão
Demência cerebral
Ser programado
Rumo a auto-destruição

Uma Vida, Um Teatro

Muitos atos aguardam minha presença para poder continuar
Cada cenário, cada roupa, cada luz, cada um com seu significado

Comparo minha vida a um teatro
Cada decepção, cada derrota
É um novo ensaio
Um epílogo que passa a existir

A cada nova peça
Construo personagens diferentes
Em cada personagem
Um sentimento divergente

Uma lápide para cada instante
Uma vida rodeada de figurantes
Poucas pausas entre cenas
Desejando uma parada serena

Unica certeza que tenho em meio a tudo isso
No fim, a cortina baixará

Ideias ao vão, uma brilhante ilusão

Trilho caminhos extensos e cheios de pedras
Muitos problemas enfrento ao andar
Demasiados devaneios tenho com o simples ato de pensar

Figuras criam-se durante o percurso
Árvores, Mata, Nuvem, Aves
Animais perambulam pelas redondezas
Coelhos, Corvos, Pandas, Lobos

Sombras me seguem
Talvez seja a minha
Procurando o sol para viva permanecer
Enquanto meu corpo
Procura a lua para na obscuridade se esconder

Hoje ganhei um presente

Um pequeno ato inconsciente
Uma torrente de esperança
Me pergunto se deveria cultivar
Apostar tudo, simplesmente acreditar?

Todos tem uma chance
Acredito, Projeto, Atraio, Recebo
Quatro situações
Uma lei
Às vezes um sofrimento
Às vezes, um nascimento

Um simples objeto
Fútil para outros olhos
Para mim, possuidor
Um enorme significado

Iludindo-me
Eis a questão
Uns dizem que sim
Outros dizem que não

Tenho minhas dúvidas
Segredos são escondidos
Algum dia se esclarecerão
Ou ficarão guardados
Até que a hora certa chegue
E o segredo se revele

O Passado