Espelhos entre os mundos descontínuos
Luzes de vontades adormecidas
Reflexos de desejos
a muito escondidos
Acorrentando os
sentimentos, pútridos, revividos
Vivendo uma vida
singela
Simples, livre de
todos os problemas
Sonhando em voar
alto
Desejando alcançar
tudo com um simples salto
Preso entre os
espelhos
Reflexos infinitos
de vontades não vividas
Pensando em como as
coisas seriam
Sem ter vontade de
agir
Sem ter vontade de
fazer a vida fluir
Vivendo dentro dos
poréns
Acorrentando os
sentimentos compartilhados
Provindos daqueles
com quem falo
Sentimentos não
recíprocos
Culpando os outréns
Preso em um mundo de
verdade
Escondendo os
desejos
Devido ao medo de
perder
Devido ao medo do
que possa acontecer
Pobres vontades
Alimentando com os
sonhos os desejos já caídos
Tentando revivê-los,
tentando encorajá-los
Mesmo quando o Vital
os quer longe
Mesmo quando o Vital
os quer acorrentados
Torcendo por uma
vida livre
Com nenhum vaso
estraçalhado