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Um alvo.

Felicidade,
Cercada de inveja
Não se pode vê-la em ação
O desejo de se ter toma conta
Incessante no admirador em questão
Ele toma para si a vontade de encerrar
E acaba pela felicidade alheia enterrar

Felicidade
Uma conquista.

Felicidade
Um alvo.

Mais uma rodada.

Uma dupla confusão
O medo de magoar
A vontade de executar

Como conter tamanho desejo?
Como repreender tamanho prazer?

Não há sentimento
Apenas a vontade de agir

Sou de alguém e este alguém me tem
Não é como mentir, mas apenas permitir

Não nego tal anseio
A vontade de repetir a dose, 3, 4 ou mais

Foi uma conquista
Não me importa o resto
Sei o que sinto, o que quero ao além
Mas essa diversão me enche de lembranças
Me enche de lembranças de certo alguém

Não sei se é certo, se devo assumir
Só sei o que quero repetir.
- Garçom, outra dose por favor!

O ataque louco das baratas demoníacas

Era noite
As cortinas balançavam e vento assoviava

Eu estava sozinha
Fechada em meu quarto, adentrando a madrugada

Tudo estava calmo
O relógio tiquetaqueava e ao vento balançava

Era minha noite de lazer, minha noite de sossego
Mas tudo mudou, quando ela atacou

As patas peludas
De pura podridão
As asas demoníacas
Reproduzindo o trovão

Do seu canto ela atacou
Voando ao meu redor
Calculando sua trajetória
Planejando a vitória

Sozinha e sem força
Encolhi-me em minha cama
Chorando como uma criança
Sem um pingo de esperança

Ela emitia sons em meio ar
Não havia como tudo piorar

Pela janela pouco aberta
Novas amigas se juntaram
Circundando minha cabeça
Observando minha beleza

Direcionando o corpo
Subindo em meu tornozelo
Percorrendo meu braço
Andando em meu cabelo

Que triste fim
Coberta e sem ar
Sufocada por toneladas
Em cima de mim

Inspirado na história de J. Roth. [a.k.a - Juke]

E se a vida fosse assim? Como ela é, mas sem ser como deveria não ser.

E se a vida fosse apenas uma dança não dançada
Uma coreografia perfeita, exaustivamente ensaiada
Que no fim, ao palco, foi apresentada para o nada.

E se ela fosse uma peça sem atores
Com o roteiro atirado sobre o palco
As cortinas entre abertas, tapando o cenário
E o banheiro, com luzes acesas, repleto de talco?

E se fosse um diálogo sem sentido
Uma conversa entre o nada e o ninguém
Um caminho sem caminho
O algo indo em frente, seguindo o além

E se fosse apenas
Uma dança não dançada,
Uma peça não encenada,
Um diálogo não entoado,
Um mero caminho não desvendado

Mundos entre mundos

Em que mundo nós vivemos?
Em qual deles somos mais felizes?
Esta é a pergunta que me faço
Desde que entrei num mundo em colapso

Pergunto-me por quanto tempo eles durarão
Cada um, dentro de mim
Uma semana, dois meses, três dias, enfim
Uma eternidade que nunca se perderá na eterna imensidão

Duram o tempo que tiverem de durar
Mas, ao fim, sempre me avisam, com uma placa a brilhar

"Nós sempre existiremos, basta você querer, basta você lembrar."

Aqueles que vieram me ver

Luzes na face
Branca imensidão de nada
Onde estará aqueles que vieram me ver?

Cabos os pés
Doce reboliço da carne
Onde estará aqueles que vieram me ver?

Batidas descompassadas
Desafinação, em leve, afinada
O som, a corda, enfim, o nada

Martelos a bater
Luzes a reverberar
Cordas a tremer
Harmônicos a ressoar

Minutos de anseio
Procurando a perfeição
Esperando um simples gesto
Para saber se, enfim,

Presto!
Adagio!
Allegro!

Corre!
Lento!
Rápido!

Letras!
Folhas!
Troca!

Bolhas!

Arpeggio.
Fim.

Onde estará aqueles que vieram me ver?

[Pausa]
[Palmas]
[Forte]
[Calma]

Onde estará aqueles que vieram me ver?

Para que continuar...

Razões para continuar a caminhar
Ideias para meu corpo sustentar
Vontades para me erguer
Momentos que desejo reaver

Não sei com o que me preocupar
O futuro me assusta
O passado me enoja

Não sei mais pelo o que viver
Não sinto, não vejo
Sem vontade de me mover
Sentindo como se fosse, enfim, morrer

Ilumen

Pergunto-me por onde anda minha ilusão
Aquela pequena pessoa
Que completa a imensidão

Tudo e nada

Falta algo
E falta tudo
Falta algo
E falta nada

Tenho tudo
E tenho nada
Tenho algo
E tenho nada

Paro o tempo
O tempo para
Para tudo
E para nada

Canto algo
E toco nada
Toco tudo
E canto nada

Medo

Medo dos fantasmas
Medo dos  medos
Medo dos feridos
Medo dos rugidos

Medo do futuro
Medo do após
Medo do agora
Medo de outrora

Medo do branco
Medo do preto
Medo das cores
Medo dos amores

Medo do tempo
Medo do fracasso
Medo do sucesso
Medo do egresso

Medo dos sonhos
Medo dos pesadelos
Medo da vida
Caminho só de ida

Paredes do inconscientes

Um arquiteto do inconsciente
Um mero devaneador

Construtor de uma realidade
Discórdia de um escritor

Dizem que meu mundo não existe
Dizem que vivo uma farsa
Vivo entre a falsidade
Vivo uma vida de ansiedade

Como podem julgar minha realidade como falsa?
Como podem questionar as minhas crenças?
Nunca obriguei vocês a me entender
Mas nem um pouco de respeito vocês podem empreender?

Não tento converter vocês à minha religião
Não tento obrigar vocês a compartilhar de minha imaginação
Não tento fazer vocês acompanharem o meu caminhar
Então por que continuam a me magoar?

Faço parte do povo grego
Compreendedor da ciências
Compreendedor da religião
Deixem-me assim
Não quero ser um racional
Com medo da imaginação

Que mundo chato este seria
Um mundo em preto e branco
Um mundo sem magia

Que mundo chato este seria
Sem meus dragões
Sem meus duendes, gnomos, anões

Deixem-me sonhar
Deixem-me imaginar

Se não gostas
Afaste-se
Se gostas
Aproxime-se

Só não repita os erros
Não seja como os outros

Grande problema

O grande problema não são as minhas dúvidas quanto ao futuro
O grande problema é ter dúvida sobre quem eu sou e o que quero
Fato que talvez eu só entenda quando estiver muito longe para voltar

O Lago de Flores

A noite havia chegado há muito tempo, assim como o caos já havia chegado a minha vida. O céu estava estrelado e a lua cheia estava em seu ponto máximo, porém seu brilho era ofuscado por algumas pequenas lâmpadas do jardim. Nenhum vento era sentido e nenhum som perturbava o silêncio daquela imensa clareira. As luzes da casa estavam apagadas e nenhum morador ou guarda caminhava pelo quintal.
A casa era grande, possuía três andares e ficava ao lado de um lago de água cristalina. A faixada era modelada com aspectos arcaicos e a coloração amarela esbranquiçada realçava as estátuas acinzentadas embutidas na parede. Ao lado oposto a casa, um pequeno morro escondia um campo de mini-golfe que era cercado, junto da casa, por uma densa floresta.
Eu estava parado em frente ao lago esperando que meus inimigos se aproximassem. Inimigos que me perseguiam por eu possuir um conhecimento superior, algo que os humanos comuns não se lembravam da existência. Mas, por mais que estivessem me perseguindo, isto não me assustava, eu estava calmo, com o corpo e mente tranquilos, me possibilitando sair de qualquer situação.
Pequenos barulhos ecoaram dentro da floresta, indicando a aproximação daqueles que me caçavam. Fechei meus olhos e me concentrei. Eu sentia a energia natural daquela planície, ela transitava por todos os vegetais, pelo lago, pelo ar e pelo meu corpo. Permaneci parado por um curto tempo, visualizando as energias e concentrando-as em minha testa, ativando meu chakra do terceiro olho. Quando abri os olhos notei que toda a escuridão havia sumido. A noite estava clara, como se o sol estivesse no ápice, mas ao invés da bola de fogo estar no céu, a lua permanecia no topo. Eu conseguia ver tudo com perfeita clareza, já que existia nenhum ponto de sombra.
Olhei para trás e vi que três vultos se mexiam por entre as árvores. Virei meu rosto para a água e perguntei aos seres que ali habitavam: “O que eu posso fazer?”. Uma leve brisa passou pelo meu corpo e uma voz doce e delicada inundou meus ouvidos: “Você consegue invocar flores?”. Eu não precisava de mais dicas. Tomei fôlego e pulei dentro do lago.
A água estava gelada fazendo meu corpo se contrair um pouco, mas isto não iria me atrapalhar. Fechei meus olhos e proferi palavras em uma língua arcaica, fazendo com que flores de diferentes espécies aparecessem na superfície do lago. Tomei impulso e continuei nadando dentro do lago. Eu estava de barriga para cima e assim que eu minhas mãos tocavam uma parte da água, novas flores surgiam. Rosas, jasmim, orquídeas, tulipas e violetas foram algumas das flores que eu consegui invocar para me esconder.
A cada centímetro que eu percorria dezenas de flores apareciam sobre a água, escondendo não só o meu corpo, mas também as vibrações que ele causava. Mas me preocupar com a possiblidade de me encontrarem não era o único problema, eu estava ficando sem fôlego e meu medo de emergir e ser pego não facilitava minha vida. Juntei minhas mãos e usei grande parte da minha energia para invocar uma quantidade gigantesca de flores, cobrindo grande parte do lago, camuflando ainda mais e dando-me a oportunidade emergir de respirar. Coloquei apenas meu nariz e boca para fora da água, puxando a maior quantidade de ar possível e voltando para de baixo d’água.
Nadei durante vários metros até que finalmente cheguei à outra extremidade do lago. Antes de emergir eu tentei sentir a presença de alguma energia desconhecida, mas como senti nada, ergui lentamente o meu corpo da água e olhei ao redor. Nenhum ser, humano, animal ou espiritual, estava presente naquele lugar. Um forte sentimento de alivio percorreu meu corpo, eu estava a salvo.
Chequei novamente o perímetro e saí do lago. Minhas roupas pingavam e eu não sabia para onde ir. Olhei para os céus e admirei a lua, esperando que ele me desse alguma resposta. Assim que olhei para o sul, um pequeno cometa rasgou os céus, transformando-se em uma estrela cadente. Olhei para onde ela apontara e corri naquela direção, entrando na floresta que me salvara muitas vezes.

Rinnegato

A terceira música para meu projeto
Uma marcha, uma trilha de suspense, uma introdução à vida. Você decide.


Gracidea - Rinnegato by Gracidea

Vivendo ilusões

Deitar e sonhar acordado
Única opção a tomar
Medida decisiva
Maldita saída

Saindo do mundo físico
Morando em um mundo de sonhos
Vivendo aventuras ilusórias
Contemplando pessoas certas

Seres Poderosos De Personalidade

Lobos que uivam durante a noite.
Lobos que se curvam perante a Deusa.
Lobos que contemplam a lua.
Em sua forma mais linda, nua.

Ondinas que contralam a água.
Ondinas que purifacam a alma.
Seres emocionados que cantam.
Em lagos rios corais.

Salamandras que controlam o fogo.
Salamandra que transformam em cinza.
Seres que vivem no éter.
Invisível elemento fogo.

Silfos que controlam o ar.
Silfos que vivem nas mais altas montanhas.
Seres de sentidos aguçados.
Que se reúnem em torno dos, sonhadores, mais amados.

Gnomos que controlam a terra.
Gnomos que constroem o físico.
Seres que controlam a ganância e valorizam a perseverança.
Seres que vivem em residências, portas e dispensas.

Poema antigo, desenterrado por vontades maiores.

Me deves abraços

Preso cá estou
Amarrando em sentimentos
Acorrentado por pensamentos

Memórias do passado
Agora enterradas estão
Novos problemas me aguardam
Letras são trocadas e
Muitas duvidas surgirão

Novas conclusões se estabelecerão
Meio intangíveis e impensáveis
Criações continuamente desvirtuadas
Uma leve confusão

Ambos lados
Medo
Arriscar
Tudo pode acontecer

Tempo esperei por isso
Vamos ver o que dá
Afinal
...

De fato.

Como diria um amigo meu em momento de dorgas...
"As coisas simplesmente acontecem."

João-de-Barro

Assim como um João-de-Barro
Quero que saibas
Sempre te amarei
Respeitarei
Apreciarei

Caso venhas a me trair
Tranco-lhe em nossa residência
Até que sua carne apodreça
Até que seu sangue seque
E sua alma desapareça

Contrato assinado

O sangue escorre sobre o papel
Letras goticamente grafadas
Surgem das entranhas da folha
Seu nome aparece, sua vida vida perece

Terás de prestar serviços
Tarefas mortais, difícil compreensão
Metas originais, pequena devastação
Não há como escapar

Contrato assinado
Vida desperdiçada
Sub-mundo contatado
Rotina transformada

Pacto de sangue
Escondidas intenções
Trabalhos inacabados
Vontade limitada

Juramentos noturnos
Lua nova
Algo em troca
O que escolher?

O Passado