Os grandes poetas permanecem nas tabernas
Vivenciando atos incompreendidos e invisíveis para a humanidade
Álcool, taças, traças, pequena grande bebedeira
Versos criados enquanto emoções se rebelam
Cavalos cavalgam selvagemente em cima das comidas
Fome que sacio ao criar este conjunto de letras
Emaranhado de ideias e gestes incompreendidos
Conjunto de sons articulados que ecoam no vácuo de meus pensamentos
Fujo da realidade através desta taberna
Fujo dela repetindo o caos que vivo em meu papiro
Fujo comendo e bebendo, perdendo tempo com o que gosto
Escapismo
Mármore gelado que encontra o meu tato
Aroma precioso que morre em meu olfato
Pessoas entram e saem, me olham
Não me compreendem
Podia estar trabalhando em algo mundano
Prefiro ver o tempo correr e sobre isso escrever
Em breve todos enterrados estarão
Nas areias do tempo
Afundados em um caixão
Mas meus versos intactos estarão
Sendo traduzidos, apreciados, compreendidos, queimados
Grandes mestres me inspiram
Futuros poetas me admiram
Esqueço que sozinho cá estou,
Neste ambiente gelado
O gás de minha bebida,
levemente fermentada
Estoura em meu corpo
Luzes baixas reconfortantes
Mais uma noite
Um encontro de amantes
Tarde
Hora de fechar.
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