Labirinto de sonhos e loucura

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Sigo por entre paredes ásperas e estreitas. Paredes que me apertam, que se apertam, que me aterrorizam, que despertam minha loucura. Labirinto complexo, repleto de armadilhas, conquistado pela escuridão, escravo de algo intocável, caos.
Sento-me em um canto, encolho minhas pernas, olho por entre o escuro, respiro fundo. Minha mente vagueia entre paredes de dor, paredes de lama, paredes de martírio. O tempo não passa, o espaço não muda, tudo muito novo, tudo muito diferente. Algo fora de costume, algo com o qual eu não estou preparado para enfrentar.
Barulhos ecoam, inimigos caem, amigos tombam, como sei quem estou acertando? Como saber onde minhas flechas irão parar? Eu não tenho controle, eu não tenho mira, é indomável, não tem como entender.
Meus olhos se fecham, estou perdido neste labirinto, entre paredes ásperas, entre sonhos e devaneios. Uma guerra já perdida, mas com um ponto de esperança. Posso ser o único vivo, posso ser o único louco, posso ser o único sadio, posso ser mais um morto.
Não tenho como fugir, não tenho como correr, problema interno, paredes cerebrais. "Eu" contra "Eu", como saber quem ganhar? Em quem devo apostar? O "Eu" ganha, o "Eu" perde, faca de dois gumes. Um golpe, dois mortos.

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