Frequentemente deparo-me com um vasto corredor repleto de portas.
Portas retangulares esculpidas da mais fina madeira, com a mais nobre paciência.
Portas, geralmente, retangulares, com pequenos adornos esculpidos na madeira.
Adornos simbólicos, representando emblemas fundamentais, marcos de uma história.
História mal contada, passada pela voz falada e narrada pela voz pensada.
Voz grave e rouca, conquistada por anos de vivência com as mais nobres pessoas.
Nobres há muito esquecidas por aqueles que nos cercavam, esquecidas pelas areias do tempo
Tempo engolidor de tudo, o triste fim de um louvor, o triste fim da mais fina dor.
Dor existente nos corpos, recheados de amargura e tédio, um mundo em perdição.
Mundo dotado de solidão, composto de ideias abstratas e ecos de um passado qualquer.
Passado assombrado por memórias relutantes de fatos não esquecidos.
Memórias com finais tristes, memórias com finais felizes, memórias, chave de algumas portas.
Portas retangulares esculpidas da mais fina madeira, com a mais nobre e instável paciência.
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